Inês Mocho, de 32 anos, foi uma das convidadas pela influenciadora digital, Bárbara Corby, de 27, para estar à conversa sobre bebés na rubrica «Hey vou ser mãe» do canal de Youtube, de Corby. Sem medos, a maquilhadora profissional falou sobre as realidades de ser mãe e contou pormenores sobre a gravidez, a maternidade e o parto da filha Leonor, de quase dois anos.
Segundo Inês Mocho, o parto não foi fácil e existe uma mágoa que não esquece até hoje. «Eu sou tão independente e respondona, não tenho problemas em dizer as coisas e dei por mim numa situação em que não disse nada e hoje em dia ainda me revolta», começou por contar.
A probabilidade da empresária ser conhecida era muito alta. Para além de ser maquilhadora é, também, influenciadora digital, youtuber, e seguida por muitas pessoas nas redes sociais. Inês queria que o parto fosse algo muito privado e, por esse motivo, assinou uma data de papeis em como não autorizava determinadas coisas durante o parto. «Eu estava num momento muito privado e tudo o que era de exposição eu coloquei, antes do parto, que não autorizava», explicou a Bárbara Corby e ainda, esclareceu: «Tu tens uma parte em que podes colocar o que autorizas ou não. Por exemplo, se autorizas que alunos de medicina assistam ao teu parto, se queres que uma médica te faça a quebra das águas...eu coloquei 'não autorizo' em tudo», disse.
Inês Mocho queria estar à vontade, sem exposição pública, num momento que era só dela e do marido, Miguel Domingues. «Houve uma altura em que o Miguel estava cheio de fome e foi comer porque ainda estava tudo muito demorado. Entretanto, estava toda a equipa médica com fome e foram todos comer. Fiquei só eu e a assistente da minha médica. Batem à porta e a assistente abriu. Entrou uma outra médica com uma ficha e disse: 'Podemos?' E entrou com uma turma inteira...e eu já estava de pernas abertas», contou.
O trauma do parto
A médica não olhou para a maquilhadora e começou a explicar aos alunos o caso que tinha ali à sua frente. «Naquele momento,virei-me para a assistente e disse que não tinha autorizado aulas. A assistente disse à Dra e ela respondeu: 'Mas isto é muito rápido, não tem problema, pois não?' E continuou, sem me perguntar se me importava mesmo ou não».
Inês Mocho já estava com «uma perna para cada lado» e, naquele momento, ficou «arrepiada» com a situação. «Depois vejo uma rapariga a comentar para o lado: 'olha a Inês Mocho'. E, logo, a seguir lembro-me da médica perguntar à assistente há quanto tempo é que eu estava ali. A assistente respondeu-lhe e a médica disse: 'isso são muitas horas, não pode ser'. Ela nem olhou para mim, meteu a mão dentro de mim, sem me perguntar, virou-se para a turma e disse: 'temos de rebentar isto e rebentou a bolsa'», revelou.
Quando a médica saiu do quarto, a mãe de Leonor começou a sentir a «bolsa a romper». «Eu estava em estado de choque. Senti-me violada e telefonei logo ao Miguel. Ele veio ter comigo e eu contei-lhe o que aconteceu», disse.
«É isto que quero passar para aquele lado. Vocês não sintam receio de dizer que não querem. Eu na altura fiquei mesmo sem reação», terminou, mas deixando um conselho a todas as mulheres.
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Texto: Carolina Sá Pereira; Fotos: Reprodução Redes Sociais
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