Saúde e Beleza
Horácio Roque

Sofre AVC Hemorrágico

Ter, 16/03/2010 - 16:10

O presidente do Banif sofreu o tipo de AVC mais comum, mas também o mais complicado. Causas, consequências e sequelas: fique a saber tudo sobre esta doença.

Principal causa de morte em Portugal, o  Acidente Vascular Cerebral (AVC) afecta todos os anos 12 mil portugueses. Horácio Roque foi um deles. O banqueiro foi operado de urgência no Hospital de São José na sequência de um AVC hemorrágico e permanece ainda em estado crítico.
Fernando Morgado, neurologista no Hospital Santa Maria, falou com a NOVA GENTE sobre o tema.
O caso de Horácio Roque
O Acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico apesar de ser o menos comum pode ser o mais complicado e foi deste tipo que Horácio Roque foi vítima no passado dia 4 de Março. Desde então, o Presidente do Banif, que em primeira instância deu entrada no Hospital de São José em estado crítico, em coma e ventilado permanecendo na ala dos cuidados intensivos, já sofreu um segundo ataque que lhe provocou uma hemorragia intracerebral extensa, foi operado, estando agora estável e com prognóstico reservado.
O que é um AVC hemorrágico?
Acontece quando um vaso rebenta provocando uma hemorragia dentro do cérebro. “Este tipo de AVC acontece quando há uma ruptura de um vaso sanguíneo, levando a um derrame para dentro ou fora do cérebro. A pressão é tão grande que se dá uma hemorragia”.
Cada caso é um caso...
“Na maioria dos casos de AVC hemorrágico o paciente sofre de hipertensão arterial”,  contou o médico, adiantando que caso é um caso, mas que no de Horácio Roque e apesar de não ter acesso a todos os dados clínicos do paciente, lhe parece ser “um quadro clínico muito complicado em que o paciente dificilmente escapará ileso”. E especifica: “Uma pessoa que teve um AVC hemorrágico e um segundo ataque com uma hemorragia intracerebral extensa está em risco de vida.”
Estado de coma é normal?
Horácio Roque entrou em coma no Hospital São José e é neste estado que permanece após a operação, através de recurso médico à indução. Sobre esta questão o neurologista adiantou ser comum este tipo de procedimento por ser  “mais fácil para os médicos tratar de um paciente calmo e com menos actividade cerebral, para além deste sofrer menos já que este tipo de hemorragia dá muitas dores de cabeça”. 

Consequências?
“Este tipo de AVC é devastador e a na maioria dos casos acaba em morte. Decide-se pela operação para haver descompressão do cérebro. Agora, o que pode acontecer, e é muito comum neste tipo de quadro clínico, é o paciente ficar com dificuldades cognitivas e motoras”, contou.
Vigilância total
As primeiras horas e dias na sequência de um problema deste tipo são fundamentais para o paciente e este caso específico não foge à regra. “Não se deve tirar os olhos destes pacientes. Após um AVC hemorrágico pode acontecer muita coisa. Órgãos como o coração ou rins e, em alguns casos, os pulmões podem vir a falhar”.

Principais riscos
“Os riscos variam consoante o local onde ocorreu a hemorragia e a extensão da mesma. De qualquer forma, durante este tempo de monitorização podem ocorrer várias coisas”:
Infecções
Morte cerebral
Lesões cerebrais
Dificuldades cognitivas e motoras
Falha de órgãos vitais (Coração, rins ou pulmões)
Morte
 

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