Nacional
Herman José

"Ainda sinto a mão". O castigo que levou do pai quando se armou em "chique"

Dom, 13/06/2021 - 10:00

Herman José contou um episódio passado quando tinha seis anos e que envolveu o pai e a senhora que trabalhava em sua casa. "Recuso-me a ter um filho malcriado e ordinário", disse-lhe o progenitor.

Herman José recordou uma história da sua infância, que envolve o pai e o 'puxão de orelhas' que este lhe deu, numa situação em que foi malcriado com a empregada. O humorista disse até que o pai lhe deitou "a mão ao pescoço" e que o obrigou a ir pedir desculpa à senhora que trabalhava em casa da família. 

Esta história foi partilhada com Manuel Luís Goucha, durante uma entrevista no programa das tardes da TVI. “Não percebo as pessoas antipáticas, malcriadas, pessoas que não têm gentileza. Colegas nossos que entram no estúdio e não cumprimentam a empregada de limpeza ou que não dão autógrafos”, começou por dizer, acrescentando: “Ainda hoje me lembro de um episódio em que o meu pai se zangou comigo".

Este episódio aconteceu quando Herman José tinha seis anos. “Na escola, tinha amigos que eram da classe alta portuguesa. Tinham todos casas fantásticas e faziam outra coisa que eu achava o máximo, que era tratarem mal o pessoal. E eu não podia! Durante muito tempo, nós, sendo classe média, tínhamos duas empregadas e uma cozinheira, que os meus pais me obrigavam a tratar como senhoras. E aquilo parecia-me muito mal, parecia-me coisa de pobre! E quando eu ia para a casa dos ‘chiques’, havia um que tinha 16 criadas e eram tão maltratadas... Eles faziam uma coisa que eu achava chiquíssimo, que era chegar a casa e deitar a pasta [mochila] para o chão, e alguém que apanhasse", recordou.

"Um dia experimentei fazer também isso”, contou o humorista, sublinhando depois que esse seu comportamento não correu como o esperado: “Entrei no elevador e mandei tudo para o chão, para a nossa empregada, a Amélia, apanhar. E foi a única vez que o meu pai me deita a mão ao pescoço, me puxa para trás e me diz: ‘Eu recuso-me a ter um filho malcriado e ordinário. Vais apanhar a pasta, vais pedir desculpa à Amélia. Vais deixá-la entrar em primeiro lugar no elevador, porque é uma senhora, e só depois é que entras no elevador!’ Ainda hoje eu sinto a mão do meu pai.”

Texto: Levi Filipe Marques; Fotos: Reprodução redes sociais

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