Nacional
Henrique Gouveia e Melo

Responde a negacionistas e reage a quem o chamou de "assassino"

Dom, 05/12/2021 - 15:50

Henrique Gouveia e Melo foi o convidado de Daniel Oliveira no "Alta Definição" deste sábado, 4 de dezembro, na SIC. O ex-coordenador da task force do processo de vacinação contra a Covid-19 falou sobre tudo.

Henrique Gouveia e Melo foi o convidado de Daniel Oliveira no programa "Alta Definição" que foi para o ar neste sábado, 4 de dezembro, na SIC. Ao longo da conversa, o ex-coordenador da task force do processo de vacinação contra a Covid-19 falou sobre a missão que liderou entre fevereiro e setembro deste ano. O assunto "negacionistas" não foi exceção. 

"O negacionismo assustou-o?", pergunta-lhe o apresentador do formato da estação de Paço de Arcos. "Assusta-me, mas mais pelo obscurantismo que está por trás do negacionismo. Como é que nós, no século XXI, com tanta informação, conseguimos acreditar em coisas, para não usar um adjetivo, tão exóticas? Como por exemplo que a Terra é plana. Ou que alguém nos vai injetar um chip da Microsoft quando nos está a dar uma injeção?", começa por responder-lhe o vice-Almirante. 

O convidado de Daniel Oliveira confessa que "esse tipo de informação e de crenças" lhe mete "receio". "Porque podem ser manipuladas para coisas muito piores. Extremismos religiosos, políticos. Mete-me algum receio, enquanto cidadão. O cidadão lógico, normalmente, é um bom cidadão. O cidadão ilógico é um cidadão perigoso, porque pode ir por muitos caminhos", continua. 

"A nossa insatisfação resulta das nossas ações"

Mas para Henrique Gouveia e Melo esta questão resume-se a um fator. "Vamos procurar combater a nossa insatisfação com coisas diferentes. Há quase que uma preguiça intelectual e até física de percebermos que a nossa insatisfação resulta das nossas ações. Então vamos procurar explicação nas ações dos outros, tentando culpabilizar os outros, focar a nossa atenção em coisas negativas", comenta. 

Henrique Gouveia e Melo foi chamado, por diversas vezes, de "assassino" e "genocida". Algo que o deixava "afetado". "Não é uma linguagem que estou habituado a ouvir... mexe comigo. Tenho origens judaicas, longínquas, como muitos dos portugueses, e quando falam em genocídio... estas coisas mexem", confessa. 

Por fim, o vice-almirante revelou que gostava de ser "lembrado como uma pessoa que conseguiu fazer um coisa em conjunto com outras pessoas". 

Veja as fotos na nossa galeria. 

Texto: Ivan Silva; fotos: divulgação SIC e redes sociais  

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