A campanha das autárquicas já está nas ruas. Apesar de o período oficial ainda não ter começado, já vemos vários outdoors (que desgosto por considerar um elemento causador de grande poluição visual), panfletos, visitas, acções de campanha, manifestos e outras acções.
Para Lisboa, notei que existe uma boa ideia que emana de colectivos diferentes, mas que pressupõe o mesmo fim. Aproximar os cidadãos do processo decisório. Uma vem da candidatura de Carlos Moedas, cabeça-de-lista da coligação liderada pelo PSD, a outra pelo candidato Tiago de Matos Gomes, do partido ecologista e europeísta Volt.
A medida consiste em instituir Assembleias de Cidadãos, independentes de partidos políticos, que ajudem a pensar e a transformar a capital. Estou certo que esta estrutura não substitui a Assembleia Municipal, muito menos a Câmara, mas tem o fim de garantir uma nova abertura a ideias e visões de lisboetas que, de outra maneira, dificilmente são chamados a pensar a sua cidade.
Esta boa aposta, creio eu, materializa-se no programa por Carlos Moedas ter sido comissário da Investigação, Ciência e Inovação, que compreende a importância de seguir exemplos de outras cidades europeias onde tal estrutura já existe e funciona, e da génese europeísta do partido Volt que claramente deseja mais e melhor participação cívica nos destinos das grandes urbes, locais que são fundamentais para diminuir e mitigar os impactos das alterações climáticas.
Por isso, nada como ler os programas políticos das candidaturas onde vivemos para ver que propostas existem. Seja em Lisboa, seja no Deixa-o-Resto (Santo André, Alentejo), quem escolhemos para gerir os nossos destinos autárquicos interessa.
Mobilizemo-nos pela democracia, votemos em consciência nestas autárquicas. Numa panóplia de frentes conseguiremos ser mais um elemento positivo.
Texto: Francisco Guerreiro, eurodeputado
Siga a Nova Gente no Instagram