Florbela Queiroz, de 79 anos, esteve à conversa com Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz no programa “Dois às 10”, da TVI, esta segunda-feira, dia 12 de setembro. A artista recordou o filho, Manuel, que morreu a 10 de maio vítima de um ataque cardíaco. 

O filho Manuel – que era editor de imagem da SIC - faria esta terça-feira, 13 de fevereiro, 45 anos. De luto, Florbela Queiroz deixou uma mensagem especial ao ente querido: “Tenho de mandar beijinhos para o céu. Mas tem lá os meus pais que lhe dão beijinhos, e o Nicolau [Breyner], que o adorava”. 

Mas o sofrimento e a dor não apaziguam. A atriz abriu o coração em direto e fez um duro desabafo no formato matinal. “Já fiz tudo o que tinha para fazer nesta vida, já plantei árvores, já tive um filho, já escrevi, a única coisa que tenho neste momento é o teatro e se me tiraram isto, então mandem-me embora”, atirou Florbela Queiroz, que vai celebrar 65 anos de carreira em novembro. 

Sem rodeios, prosseguiu: “E tenho o testamento vital. Se me der alguma coisa, ninguém me pode acordar. Não quero. Não quero cá ficar. Já que não há eutanásia para as pessoas que sofrem, que é um grande disparate, ninguém tem o direito a sofrer”. 

Ainda, Florbela Queiroz confessou não tem medo da morte, apenas vive atormentada pelo receio de ficar “numa cama dependente ou numa cadeira dependente”. “E isso é que eu não quero”, completou.  

Texto: Carolina Sousa; Fotos: Redes Sociais 

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