Nacional
Felipa Garnel

Desiludida com experiência na TVI: «Podia ter sido mais bem tratada»

Sáb, 08/02/2020 - 18:50

Felipa Garnel sem papas na língua numa entrevista intimista a Cristina Ferreira.

Felipa Garnel foi afastada da TVI em janeiro deste ano, – sendo substituída por Nuno Santos – depois de ter assumido o cargo de direção de programas do canal de Queluz de Baixo, em julho de 2019.

Numa entrevista intimista à revista de Cristina Ferreira, a ex-apresentadora falou sobre a experiência que viveu na TVI, confessando que existiram vários momentos bons e menos bons. «Em alguns aspetos, foi uma experiência boa. Mas tem também um sabor agridoce», começou por revelar.

Quando questionada por Cristina Ferreira sobre se achava que a sua presença na TVI seria uma passagem, Felipa Garnel respondeu: «Tive a noção de que poderia ser uma coisa temporária, mas isso não me fez desacelerar nem trabalhar menos. Não me fez não tentar dar o meu melhor.»

Por considerar ter trabalhado «imenso», a ex-diretora de programas da TVI esperava que o reconhecimento do seu trabalho fosse diferente e, em lágrimas, confessou: «Ainda me dói. Porque acho que podia ter sido mais bem tratada. Tenho sentimentos. Há uma parte em que estou muito tranquila. Fiz o melhor que podia. Depois, há uma parte em que eu acho que as pessoas não têm consideração.»

«É difícil uma mulher vingar»

A ex-diretora de programas da TVI revelou, ainda, que sentiu uma certa discriminação por ser mulher e estar num cargo de chefia tão importante: «senti também que há uma misoginia. Isto é um mundo de homens», refere. Medindo bem as palavras e esclarecendo que não queria estar a ser «injusta», Felipa esclarece a Cristina: «acho que isto é um mundo de homens e creio que é muito difícil uma mulher, num cargo de direção como é o de diretora de programas, vingar» .

«As pessoas não têm consideração»

«Choraste com isto?», pergunta-lhe a determinado momento o rosto da SIC. «Sim. Ainda me dói, porque acho que podia ter sido mais bem tratada. Tenho sentimentos. Há uma parte em que estou muito tranquila, fiz o melhor que podia. Depois, há uma parte em que eu acho que as pessoas não têm consideração. Acho que isso tem a ver com o ser mulher. Penso que um homem faz de forma diferente de outro homem. Isto é horrível de se dizer em pleno século XXI, na Europa».

 

Texto: Inês Borges e Marisa Simões; Fotos: DR e Reprodução Instagram

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