Fátima Lopes é a convidada de Nuno Azinheira da edição desta semana da NOVA GENTE. A estilista, que fez recentemente 30 anos de carreira, faz uma visita ao passado e recorda a juventude na Madeira, mas fala ainda dos novos desafios profissionais. Numa conversa intimista, abre ainda o coração para falar do seu lado mais pessoal.

Vives sozinha?
Sim. E não tenho medo algum.

Não tens medo da solidão?
Não. Eu nunca estou sozinha. Estou sempre acompanhada. Tenho muitos amigos. Portanto, essa coisa da solidão também não sei o que é. Às vezes, há pessoas casadas que sofrem de solidão. Eu nunca estou sozinha. Para já, porque passo mais tempo da minha vida no trabalho. Depois, tenho muitos amigos. Estou sempre em jantares com amigos. 

O teu último casamento [com o cirurgião Ângelo Rebelo] acabou em 2018. A tua felicidade não depende de teres outra pessoa ao teu lado?
Nunca dependeu. Acho que a nossa felicidade tem de depender de nós. Eu não sei fingir. Não sei viver uma vida de faz-de-conta. Ou estou bem, ou não estou. Se não estou bem, vou-me embora. Se, de repente, já não faz sentido, vou-me embora. Esta é a história da minha vida. 

Para uma mulher com mais visibilidade do que o homem, por vezes a aproximação do homem gera a questão de: “Será que ele tem interesse em mim ou é benéfico para ele?”. Isso assusta-te? 
Claro que sim. Acho que cada vez estou mais exigente, talvez porque não quero cometer os mesmos erros e porque preciso de provas de que quem se aproxima é porque realmente gosta de mim. E ainda há outra coisa que eu costumo dizer. Eu não peço. Eu exijo ser muito bem tratada. E só gosto de quem gosta de mim. Ou seja, não sei o que é gostar de alguém que não goste de mim [pausa longa]. Se alguém se aproxima de mim, há sempre essa dúvida de se de facto gosta de mim.

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Texto: Nuno Azinheira; Fotos: Helena Morais

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