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Ruy de Carvalho: «Não me dedico à tristeza de morrer»

Qui, 01/03/2018 - 12:49

No dia em que celebra o 91º aniversário, Ruy de Carvalho afirma que não há segredo para a juventude

Ruy Alberto Rebelo Pires de Carvallho é um dos mais célebres atores portugueses e, esta quinta-feira, celebra o 91º aniversário. Em entrevista exclusivo ao nosso site, o ator confessa: «Não me dedico à tristeza de morrer».

A filha, Paula de Carvalho, que acompanhou o pai no evento Portugal Restaurant Week, fez questão de lhe deixar uma mensagem de parabéns. Orgulhosa do progenitor, contou-nos que é «excelente» ter um pai como Ruy. «Tenho essa sorte.»

Assista ao vídeo e deixe também uma mensagem de parabéns a Ruy de Carvalho

Uma carreira de 76 anos repleta de sucessos

Nasceu a 1 de Março de 1927, numa família lisboeta de classe média, que nunca o impediu de seguir o seu verdadeiro sonho e até o acalentou, embora o seu pai, militar de carreira, tivesse preferido que ele tivesse seguido uma carreira castrense.

Desde muito novo tomou conhecimento com as artes, devido à sua mãe, pianista, que lhe incutiu o gosto pela música, poesia e literatura. 

O bichinho do teatro não tardou em chegar e ficou latente até aos quinze anos, altura em que iniciou a carreira de ator, em 1942, ainda como amador, no Grupo da Mocidade Portuguesa, na peça “O Jogo para o Natal de Cristo”, encenado por aquele que viria a ser um dos grandes nomes do teatro e cinema nacionais e grande amigo, Ribeirinho.

Entre 1945 e 1950, frequentou o curso de Teatro e Formação de Atores no Conservatório Nacional, acabando o curso em 1959, com 18 valores.

A estreia profissional ocorreu em 1947, no Teatro Nacional, integrado na Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro, com a comédia de Roger Ferdinand, “Rapazes de Hoje”, e três anos depois destaca-se pela sua interpretação de Eric Birling, em “Está Lá Fora Um Inspector”, de J. B. Priestley, estreado no Teatro Avenida. 

Um dos atores mais premiados de sempre

Começa então uma temporada de ascenção na carreira do jovem Ruy de Carvalho, no Teatro do Povo (mais tarde Teatro Nacional Popular), onde participaria em todas as peças das temporadas de Verão, sob direção de Ribeirinho, até 1958.

A par do teatro, a sua arte de eleição, Ruy de Carvalho teve igualmente uma atividade regular em cinema, onde se estreou em 1951, com “Eram 200 Irmãos”, de Armando Vieira Pinto. 

Teve uma colaboração regular no pequeno ecrã, mas foi a partir da década de 1990 que os telespetadores se habituaram a vê-lo regularmente em telenovelas e séries televisionadas. 

Ficam na memória as suas personagens em “Vila Faia”, em 1982, em que desempenhava o papel de Gonçalo Marques Vila, e “Origens”, no ano seguinte, em que dava vida a Gaspar, um professor de música apaixonado por Mariana Rey Monteiro, assim como muitos outros: “Todo o Tempo do Mundo”, “Saber Amar”, “Olhos de Água”, “Filha do Mar”, “Sonhos Traídos”, “Tempo de Viver”, “Sedução”, “Bem-vindos a Beirais”.

Ruy de Carvalho é um dos atores mais premiados e distinguidos ao longo da sua carreira, continuando a somar dezenas de prémios aos 91 anos. Um ator para sempre acarinhado por Portugal.

Fotos: Impala 

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