Artigo de opinião
Por Tomás Barbosa, nutricionista da Clínica do Tempo
Muito açúcar e muitos fritos fazem parte da doçaria tradicional do Natal. E tudo em grande quantidade. Não é só de excesso de calorias que se trata. Para bem da saúde, fugir aos fritos e ao excesso de açúcar é fundamental, pois o Natal não deixa de ser saboroso se eliminarmos as rabanadas, as filhoses e outros fritos clássicos e populares.
Este ano decida fazer apenas os doces de colher, como a aletria, arroz doce, farófias, leite creme e pudins. O segredo está nos ingredientes e nas quantidades utilizadas. Não lhe peço que faça as sobremesas com leite magro, porque nem sempre o resultado culinário fica fiel à tradição, mas o leite meio-gordo faz exatamente o mesmo que o leite gordo… tem todo o sabor, deixa os pratos à mesma aveludados, mas tem apenas metade da gordura.
Quanto ao açúcar, as receitas têm tendência para abusar na quantidade, portanto, o ideal é esquecer as medidas indicadas e ir adicionando o doce pouco a pouco, e ir provando até chegar a um paladar agradável. Também neste caso pode chegar a poupar metade do açúcar que usaria normalmente. No que toca o leite-creme, ainda pode prescindir do açúcar queimado por cima e polvilhar com canela em pó, tal como faz com o arroz doce e a aletria. Para as farófias, troque o calórico doce de ovos por um leite-creme suave.
O Natal, em termos de alimentação, não é «quando o homem quiser»! É só a 25 de dezembro. Nos restantes dias do ano, devemos seguir um Plano Alimentar equilibrado, ajustado às nossas necessidades e às nossas características, para podermos controlar o nosso peso em níveis saudáveis que nos permitam cometer alguns excessos em dias especiais como os que se aproximam.
Texto: Dr. Tomás Barbosa – Nutricionista da Clínica do Tempo®
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