Nacional
Entrevista exclusiva com Eduardo Torgal

Coach de Casados à Primeira Vista explica como encontrar o amor em 2019

Ter, 01/01/2019 - 12:46

«Digo que há sempre três coisas importantes para encontrarem o Homem da sua Vida». Descubra quais são na conversa com Eduardo Torgal

O começo de um novo ano é também o virar de uma página. Se quando fez a contagem decrescente para 2019 desejou encontrar o amor, esta é a entrevista que não pode perder. Falámos, em exclusivo, com Eduardo Torgal, o Coach de Casados à Primeira Vista conta-nos tudo o que é preciso para encontrar a sua cara metade neste novo ano e ser ainda mais feliz.

Qual é o segredo para os portugueses solteiros encontrarem o amor em 2019?

As relações amorosas são importantes para que qualquer pessoa possa sentir um maior equilíbrio nas mais diferentes áreas da Vida. Na minha prática como Coach eu acompanho pessoas de todas as faixas etárias, de diferentes extratos sociais e até pessoas mediáticas, independente do sucesso que estão a viver na sua carreira, confessam a dificuldade de encontrar uma pessoa especial para partilhar a sua Vida. Eu trabalho mais predominantemente com mulheres e por isso, e independente do momento de cada uma está, digo que há sempre três coisas importantes para encontrarem o Homem da sua Vida:

  • Encontrar em primeiro lugar a Mulher/ o Homem da tua Vida.
  • Aceitar que está pronto(a) para receber o Homem/ a Mulher da tua Vida.
  • Frequentar locais onde entenda que esses homens/ mulheres estão, de forma espontânea, sem que esteja a desempenhar um papel. Nomeadamente na prática de hobbies
  • E nunca, por circunstância alguma mudar a ordem ou esquecer estas regras.

Por isso o trabalho começa por nos conhecermos e sabermos o que verdadeiramente queremos de uma relação. E quando isto acontece, as 'coincidências' acontecem.

Existe alguma tendência nos portugueses no que toca ao amor? Por exemplo, comparando com outros países, somos mais abertos ou fechados no que toca a conhecer pessoas?

Antes de mais importa dizer que Portugal tem diferentes realidades e culturas. Se observarmos Lisboa como uma realidade e viajarmos quatro horas de carro encontramos certamente diferentes realidades e formas de viver a abertura a primeiros encontros. Essa é de resto a maravilha da nossa cultura. 

Ainda assim podemos dizer que os Portugueses são em geral simpáticos e de relação fácil. Confiam mais nas relações que provenham de amigos, como forma de se defender de uma certa timidez que geralmente os caracteriza.

Se tivesse de escolher três «defeitos» dos portugueses quando chega a hora de assumir uma relação, quais seriam?

Os portugueses são regra geral tímidos, pouco confiantes e expressam pouco os seus afetos.

E três «virtudes»?

São regra geral de sorriso fácil, sinceros e companheiros solidários.

Qual deve ser o pensamento de um solteiro que quer muito encontrar uma cara metade?

A minha sugestão é ir para além do pensamento. Escrever num papel exactamente o que pretendo encontrar na sua cara metade. Todas as suas características físicas, emocionais, psicológicas, emocionais. E todos os dias ter consigo esse papel. E estar atento às pessoas especiais que se cruza no seu dia a dia, e sempre que encontrar alguém que sinta que pode criar uma relação e que não corresponda à sua descrição, ter a paciência de entender que aquela relação especial ainda não chegou. E entretanto ir-se preparando para estar pronto ou pronta para quando essa pessoa chegar.

Há alguma idade em que seja mais «fácil» encontrar o amor? A predisposição para amar altera-se com a idade?

Não há idade para amar. Mas há que estar pronto para tal. Se a pessoa especial passar por nós e não estivermos prontos, passaremos um pelo outro sem nos repararmos. 

Para amar com equilíbrio e harmonia alguém, precisamos de nos Amar a nós mesmos em primeiro lugar. E como poderemos amar alguém que não conhecemos? Por esse motivo o maior investimento que podemos fazer para estar pronto para Amar alguém, é conhecermos mais sobre nós mesmos. O risco de não o fazermos é passar a gostar de alguém que gosta de certas coisas em nós que não existem. A relação é composta por três entidades, o Eu, o Ele ou Ela e o Nós. E o Nós nunca existirá se não existir o Eu primeiro.

No que toca aos mais novos, considera que existe algum momento da vida em que seja ideal para começar a namorar?

Eu considero que os mais novos, no que toca ao amor o devem fazer quando se sentirem com a maturidade suficiente para o fazer por eles mesmos e não porque os amigos o estão a fazer. Isso passa inevitavelmente por ter mais consciência sobre si mesmo e os seus sentimentos. O momento do primeiro amor deve ser especial pelo que, independente do seu desfecho, o seu início deve ser o mais ajustado com a nossa verdadeira vontade emocional.

Como é que os portugueses podem descontrair em momentos como o primeiro encontro, a primeira vez que têm relações sexuais com o novo parceiro ou o momento em que conhecem a família do companheiro? 

A questão mais importante nesses momentos especiais da vida é que possam ser igual a eles mesmos. Que não se adaptem para agradar e que possam partilhar com naturalidade o que sentem e o que procuram. Acima de tudo, quanto mais franca e directa for a comunicação, mais fácil se torna a tomada de certos passos no que diz respeito à evolução da relação.

Já numa fase de primeiro encontro a chave é fazer perguntas. As perguntas são o mais eficaz desbloqueador de conversa, reduzindo a ansiedade de parte a parte e abrindo a oportunidade de se encontrar pontos comuns. 

As perguntas feitas com genuíno interesse podem ser a base para um excelente encontro. Quem questiona tem informação e relaxa, quem responde sente-se relevante e relaxa. E nada melhor para um balanço de um primeiro encontro que: «Foi bom e senti-me tranquilo ou tranquila».

Quando a relação corre bem e achamos que aquele é o amor, como a Carolina Deslandes canta, «para a vida toda», como podemos saber que chegou o momento de casar? Há alguma avaliação que se possa fazer entre casal?

As relações passam por momentos diferentes e o momento de tornar o amor num compromisso mais sério como o casamento gera muitas vezes insegurança e ansiedade em muitos casais. «Será que estamos os dois no mesmo momento?»

E nestes momentos há dois pilares muito importantes que são a comunicação e sinceridade. São a base para que decisões importantes para a relação seja feita com a naturalidade e que a continuação do caminho a dois se torne inevitável.

Entrevista: Mariana de Almeida; Fotos: Xposed/ Shine Ibéria

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