«E vai uma salva de palmas. Viva o pai do Quim Barreiros». O refrão de uma música de homenagem entoou-se na praça da república, em Vila Praia de Âncora, desde as nove da manhã.
A esplanada do café central esteve cheia, a talhante do Talho Esnesto foi espreitando à montra, o restaurante Petinga doce esteve à pinha. Houve acordeões misturados com câmaras de filmar e um porco a rodar no espeto. Não é todos os dias que se fazem cem anos, como não é todos os dias que se celebra a chegada aos «três dígitos» de Joaquim Barreiros. Filho orgulhoso, o popular cantor esteve sempre presente.
«O meu paizinho esteve a almoçar e agora está a descansar. Já volta para aqui para comemorar com todos estes nossos amigos», disse à revista Maria.
«Estou muito emocionado»
Joaquim, nascido no Brasil mas acolhido em Portugal desde os oito anos, regressou à festa ao som de foguetes e de uma banda saída de uma das ruas paralelas. Passavam 30 minutos das 15 horas, marcava o relógio da igreja da esquina. «Muito obrigado, muito obrigado», foi agradecendo, sempre de sorriso no rosto, os beijos que lhe foram distribuindo.
O fato escuro, a gravata e o boné azuis impecavelmente colocados. «Estou muito emocionado. Esta é uma grande festa. São todos amigos aqueles que aqui estão», disse o pai do cantor ao nosso site. «Os meus filhos, que organizaram isto, são um espetáculo”, frisa ainda. O segredo para a “eterna juventude», garante-nos, é «simples»: «não fazer asneiras», ri-se Joaquim.
Durante a noite, o pai de Quim Barreiros vai ter cem concertinas, arte que ainda domina, a tocar para si. «Vou conseguir ouvi-las a todas», termina.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: João Manuel Ribeiro
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