Nacional
Dieta da Lev

Paulo Battista perdeu 20 quilos em dois meses com a dieta da Lev

Qua, 02/06/2021 - 07:00

O alfaiate dos famosos começou a notar que não conseguia perder o peso que adquiriu durante o confinamento. Depois de algumas tentativas frustradas, comprometeu-se com a dieta da Lev e passou dos 91 para os 71 quilos. E contou-nos a experiência...

Como e quando é que lhe deu o clique para perceber que estava com peso a mais e descontente com a sua imagem?

Eu a partir dos 40 anos notei que o corpo já não correspondia àquelas dietas que acabamos por fazer diariamente. Estou com um quilo a mais ou dois, faço um bocadinho mais de desporto ou como um bocado menos. O que é certo é que os quilos foram começando a acumular e não conseguia perder, depois houve a parte do confinamento e ganhei um peso significativo. Estar em casa sempre a comer e a beber não é fácil.

É bom garfo, gosta de comer?

Sou terrível, sou muito guloso. Há malta que gosta mais de doces e outra de salgados, eu gosto de tudo. Costumo brincar que a malta come para viver, eu quase que vivo é para comer. Eu adoro comer.

Isso com o peso do confinamento, o facto de estar fechado, fazer pouco exercício e ter mais acesso a comida afetou-o?

Eu com a comida perco-me completamente e depois é mesmo uma gula, é até não poder mais.

Antes do confinamento fazia exercício para se manter em forma?

Muito raro, muito raro. Só que, como tenho uma vida agitada, acabava, de alguma forma, por queimar calorias. Mas dizer “eu era um gajo de desporto” é mentira, não era nada.

Foi-se apercebendo que tinha ganhado peso que não queria. Desde esse ponto até à dieta, como foi?

Tentei ir perdendo peso novamente e acho que até ganhava mais do que perdia, não foi mesmo fácil. Tenho uns amigos que já tinham feito a dieta da Lev e eu vou ser muito sincero, eu sempre fui muito cético em relação a esse tipo de tratamentos. Achava que aquilo não ia correr bem, mas nunca tinha experimentado nenhum.

Pensei que ia passar fome, que a mim é algo que me fazia alguma confusão, porque, como digo, gosto mesmo muito de comer. Então, antes de entrarmos no novo confinamento, no fim do ano, eu decidi que no início do ano ia experimentar.

Marquei com a Lev. No dia 5 de janeiro foi o dia da primeira consulta com a Dra. Adelina. E desta vez pus na cabeça que, se o primeiro confinamento foi para ganhar peso, neste iria ser muito mais difícil resistir às tentações de casa. Não se esqueçam que eu tenho três miúdos, e os miúdos é bolachas, é chocolates, é tudo. Tenho tudo à mão de semear, não é porque estou de dieta que os miúdos vão deixar de fazer a alimentação deles.

Pensei: “Neste confinamento está tudo contra mim, aquilo não vai correr bem”. Mas, curiosamente, correu muito bem. Eu tinha um tratamento para quatro meses e em dois meses perdi quase 20 quilos. Levei aquilo mesmo à risca.

Qual era o seu objetivo inicial?

Eu tinha 91 quilos e, quando cheguei à consulta, a Dra. Adelina disse-me que o ideal eram os 72. Eu pensei: “Eu nunca pesei 72. Devo ter pesado 72 para aí com 14 anos”. Pensei que não ia bater certo. Ela perguntou-me com que peso me sentia confortável e eu disse que se chegasse aos 78 já era muito bom. Em dois meses fui para os 71. Ainda perdi mais um quilo do que o que estava estabelecido.

Foi difícil o processo?

Nós somos um animal de hábitos, eu tinha os meus hábitos, beber café e comer um bolo de pastelaria. De repente, não há dieta que vá com isso. Não é fácil, confesso que mais do que não comer, porque comes, não passas fome, o que me custou foi mudar o chip. O ter de comer em casa e não ir ao café. Porque estava habituado a tomar o pequeno-almoço no café. Foram mais os hábitos, não a alimentação, porque a alimentação é basicamente com os sabores que estamos acostumados a comer. Nos primeiros quatro, cinco dias custou-me, mas depois tens o fator balança. Eu sempre me pesei todos os dias da mesma forma, ainda hoje o faço. Aquilo que eu não via, quando fazia as minhas autodietas, comecei a ver na balança a cair drasticamente. Estamos a falar de um quilo por dia, 800 gramas por dia. O esforço é compensado pela balança, a balança não te mente.

Como é que faz se for convidado para ir jantar fora com os seus amigos?

Eu agora já tenho esse cuidado. Se for para ir a um sushi, não vou. Mas num restaurante normal, onde haja carne, já tenho o cuidado de pedir uma carne para mim só grelhada. Porque na realidade aquilo sabe-me muito bem. Antigamente, só ligava àqueles bifes com molhos e ainda acrescentava mostarda, mas o meu organismo habituou-se. Se eu tentar comer isso, já vou ficar indisposto. Sinto que estou mais saudável.

Fora o aspeto físico, sente-se melhor fisicamente?

Completamente, comecei a treinar com regularidade, que era coisa que eu não fazia. Sinto necessidade de treinar, coisa que não tinha. Sentia-me sempre cansado. Agora não. Sinto-me com energia.

Como é que fez com todos os seus fatos?

Tive de ajustar tudo. Agora começar a pensar numas coisinhas novas. Mas não foi fácil. Só para ter uma ideia, eu tinha um perímetro abdominal na casa dos 108/122 e estou com 84. Foi abismal.

Qual foi o feedback que recebeu em casa, da sua mulher e dos seus filhos?

Antigamente gozavam com o gordinho, agora não podem. O gordinho agora já começa a ter abdominais. A autoconfiança começa a vir cá para cima.

Já vai à praia com outro ânimo?

Ainda não fui por causa das medidas do confinamento, mas estou desejoso de ir, para ir desfilar. A autoestima está mais para cima, sem dúvida. Eu não escondo que quando olhava ao espelho, mesmo quando me diziam “estás bem”, eu dizia “estou é bom alfaiate, que escondo isto debaixo dos fatos”. Porque na realidade não me sentia nada confortável.

Na dieta que fez da Lev teve um acompanhamento por consultas. Qual a importância dessas marcações periódicas?

Foi fundamental. A Dra. Adelina dá aquela confiança que, se fizeres aquilo que ela diz, as coisas vão correr bem. E depois fazem a medição toda. Acho fundamental, de dez em dez dias, ter esse compromisso com a doutora. Continuo a ir e já não era preciso. Faço questão porque é um compromisso que eu tenho comigo e com a pessoa que me acompanhou. Tenho medo que um dia que lá vá e que o peso, em vez de se manter, suba e de levar uma “dura”. É um compromisso e não queres defraudar-te a ti e à pessoa que está empenhada em ajudar-te.

Texto: Tiago Miguel Simões; Fotos: D.R.

 

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