Saúde e Beleza
Diabetes

Epidemia em crescimento

Seg, 15/11/2010 - 16:21

Não tem cura, mas tem tratamento. A prevenção é o factor-chave no combate. Saiba como...

Em Portugal afecta quase um milhão de portugueses. No Mundo, cerca de 200 milhões de pessoas sofrem desta doença. Considerada a segunda epidemia mundial, com o primeiro lugar a pertencer à obesidade, a diabetes não escolhe idades, nem sexos. Embora não tenha cura, há vários tratamentos disponíveis, que, seguidos de forma correcta, proporcionam qualidade de vida ao doente. Exercício físico e alimentação equilibrada são essenciais num combate em que a prevenção assume um papel de destaque. Na véspera do Dia Mundial da Diabetes, assinalado amanhã por todo o Mundo, a NOVA GENTE falou com José Medina, do Serviço de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, sobre a doença

O que é?
A diabetes é uma doença crónica que tem alterações no metabolismo dos hidratos de carbono e das gorduras. “Esta é uma doença que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicose). O organismo, de quem sofre de diabetes, tem uma deficiente capacidade de utilização desta fonte de energia, para além de ser incapaz de transformar a glicose dos alimentos.”

Causas?
Há dois tipos de diabéticos: tipo 1 e tipo 2. “No primeiro caso, que são habitualmente mais jovens, há uma alteração imunológica que faz com que a célula reprodutora deixe de funcionar. Assim, o pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente. No caso da diabetes tipo 2, que é a mais comum em adultos, ocorrendo em 90 por cento dos casos, o pâncreas produz insulina, mas as células oferecem resistência à acção desta substância.”

Consequências?
O que as pessoas desconhecem é que a diabetes pode originar vários problemas. “Esta doença pode causar hipertensão arterial, dar origem a fenómenos embólicos, alterações nos rins, nos olhos, nos nervos, coração e cérebro. Uma série de problemas que se podem evitar.”

Tratamento?
O melhor tratamento é a prevenção, que deve incidir, sobretudo, naqueles que são considerados grupos de risco. “Os diabéticos devem cumprir regras no que diz respeito à alimentação, praticar exercício físico três vezes por semana ou até mesmo todos os dias. Para além disso, no tratamento usam-se antieméticos orais (tipo 1) e, caso estes não sejam eficazes, recorre­-se à terapêutica com insulina (tipos 1 e 2).”

Ter atenção:
Tipo 1 (nos mais jovens): Sede, emagrecimento rápido, dores de cabeça, náuseas e vómitos.
Tipo 2 (em adultos): Fome, sede intensa e constante, fadiga, visão turva e comichão no corpo.

Factores de risco
? Idade superior a 45 anos
? Obesidade
? Quem teve diabetes durante a gravidez (diabetes gestacional)
? Hipertensos
? Colesterol elevado
? Crianças que nasçam com mais de quatro quilos

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