Nacional
«Demasiado complexas» e «inconclusivas»

Revelado o resultado dos testes de ADN feitos à casa e ao carro dos McCann

Seg, 18/03/2019 - 20:23

O quinto episódio do documentário da Netflix sobre o desaparecimento de Maddie McCann traz finalmente o resultado dos testes ADN

Maddie está desaparecida há 129 dias. Kate e Gerry abandonam Portugal depois de serem constituídos arguidos no caso do desaparecimento da filha Madeleine McCann. O quinto episódio da série da Netflix começa com a aldeia inglesa em Leicester, de onde são naturais os McCann.

O casal retorna à casa de sempre, onde estão as coisas de Maddie e onde esperam conseguir dar uma vida normal aos gémeos. Brian Kennedy entra em cena. O multimilionário torna-se mecenas do casal. «Acompanhava a história, como toda a gente. Reparei que os media e o Mundo se tinham virado contra eles», conta o escocês, a maior ajuda financeira de Kate e de Gerry.

O homem, que fez fortuna no negócio dos vidros duplos, começa por garantir protecção legal, tentando garantir que estes não seriam levados de volta a Portugal, onde tinham sido constituídos arguidos.

A 10 de setembro de 2007, Gonçalo Amaral elabora um relatório de nove páginas. O documento delineia aquilo que se tornaria a base do caso da Polícia Judiciária contra os McCann. Salienta as provas de ADN e a alegada evidência dos alertas caninos. Bem como as «inconsistências» do testemunho dos McCann e dos amigos que com eles jantavam na noite do desaparecimento.

«Insuficientes para tirar conclusões»

Quando as Autoridades portuguesas se preparavam para entregarem o caso ao Magistrado, recebem finalmente os resultados do ADN da sala de estar do apartamento 5A, perto do sofá onde os cães deram o alerta, e da bagageira do carro alugado pelos McCann, uma Renault Scenic cinzenta.

Uma após outra, apontam as amostras de ADN como sendo «escassas», «demasiado complexas» e «inconclusivas». «Insuficientes para tirar conclusões». Desta forma, não há correspondência ao ADN de Madeleine. Mais ainda, não havia vestígios de sangue no apartamento nem no carro. Gonçalo Amaral garante que ter havido «manipulação dos resultados».

«Quem levou a que isso acontecesse não lhe sei dizer, porque não estou no Reino Unido.» O inspector afastado do caso coloca ainda a possibilidade de o corpo poder ter estado «congelado em alguma arca ou em algum sítio e ter sido, mais tarde, transportado na bagageira do carro», alugado pelo McCann 25 dias após do desaparecimento de Madeleine.

Continue a ler no Portal de Notícias Impala.

Texto: Marta Amorim; Fotos: Impala e DR

Siga a Nova Gente no Instagram