Nacional
Débora Jorge

"Não sou a Marisa Cruz"

Ter, 02/02/2010 - 17:52

A aquisição de Fátima Lopes para a Face Models mostra toda a sua sensualidade e o porquê das comparações.

Por causa de uma polémica, Débora Jorge é, aos 18 anos, uma das manequins-revelação do ano. Desde os quinze que a menina-mulher nascida em Leiria e criada no Alentejo dá nas vistas no Mundo da moda, devido aos traços algo escandinávos, ainda invulgares entre nós.
Este ano, quando Fátima Lopes a escolheu para imagem da sua agência foi apontada como  a causa da ruptura entre a estilista madeirense e aquela que até aí era a sua imagem de marca e grande amiga Mariza Cruz, que trocou a Face pela Best, com sede no Porto.Segundo a Imprensa, a ex-Miss Portugal ter-se-à sentido preterida pela estilista, a favor de Débora, 17 anos mais jovem, e, segundo alguns, a sua sósia.

Apanhada no meio do turbilhão, Débora diz-se alheia a tudo isso: “Fiquei tão surpresa com a notícia como a maior parte das pessoas. Ela saiu não sei porque razões, não tenho nada a ver com a polémica entre as duas”. Mas a verdade é que acabou por lucrar com a história: “Tornei-me mais mediática, mais conhecida e a partir desse momento passei a ter mais trabalho. Às vezes, o que importa é falarem de nós, seja mal ou bem.”
Em Julho, as solicitações passaram a ser tantas que justificaram a mudança para Lisboa, deixando Santiago do Cacém. Apesar de não esconder o “orgulho” pelas comparações com a ex-Miss, que considera “uma referência de beleza”, diz que “não quero ser ‘a nova Marisa Cruz’, até porque não me acho muito parecida com ela, a não ser por ser loira e ter olhos claros. Quero ser conhecida como Débora Jorge, por mim, e não por terceiros ou polémicas.”

Entrou para a moda por acaso, na escola dava nas vistas, por ser loira, de olhos azuis e alta. Os amigos diziam-lhe que tinha perfil para modelo mas ela hesitava: “Gostava de ver as modelos nas revistas, mas não pensava que um dia pudesse ser uma delas”. Uma amiga inscreveu-a numa agência, pela Net. Foi chamada, fez o curso, e na festa final uma modelo da Face, desafiou-a a tentar a agência de Fátima Lopes.
Entrou para a moda contra a vontade dos pais: “Deram-me liberdade para escolher, mas quando comecei, aos 15 anos, não acharam piada nenhuma porque achavam que neste mundo as pessoas se perdem facilmente e queriam proteger-me.” Hoje, diz, “já me apoiam e estão comigo para tudo porque veêm que é realmente isto que eu gosto.” No entanto, quando lhe perguntamos se o que encontrou corresponde aos receios dos pais, não sabe responder, até porque, diz “eu não vivo no mundo da moda, trabalho nele. Por isso, tudo o que se passa, passa-me ao lado. Acho que há muita futilidade, muita falsidade, e eu não me sinto bem nesses meios.” Nos tempos livres, diz, “prefiro conviver com os meus amigos, com pessoas for a deste meio ou que, caso estejam, não estão sempre nas festas, com a Imprensa e as estrelas todas. Não gosto desse tipo de festas.”

Para além do “rosto” diz que é “a garra” que mais a distingue da concorrência, e acredita que será essa caraterística que a levará longe. A luso-britânica Fiona “que me ensinou tudo”, a israelita Bar Refaeli e Scarlett Johansson são as mulheres que mais admira no mundo da moda.
 

Entretanto, todos os medos e hesitações ficaram no passado e, hoje, Débora sabe que quer usar a tal garra para “tentar subir até ao máximo possível! quando chegar ao topo, logo se vê. Todo o manequim que se preze, sonha com uma carreira internacional. Eu já estou com um pé cá e outro lá. Faço anúncios e catálogos para a Alemanha, Rússia, Holanda... Mas até agora têm sido todos feitos cá. Ainda não saí de Portugal a trabalho, mas a continuar assim, a médio prazo penso que irei.”
 

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