Nacional
Daniela Melchior

Alvo de críticas por ter aderido à manifestação contra o racismo, responde à letra

Dom, 07/06/2020 - 19:40

Daniela Melchior viu-se obrigada a explicar porque decidiu misturar-se com milhares de pessoas na manifestação contra o racismo em Lisboa, em plena pandemia da covid-19.

Apresentadores, atores, cantores e manequins fizeram questão de participar na manifestação contra o racismo, que aconteceu em Lisboa, este sábado, 6 de junho.  Os apresentadores Iva Domingues e Luís Borges, as atrizes Joana Metrass, Daniela Melchior e Weza Silva ou o cantor Dino Santiago foram alguns dos famosos que deram a cara pela manifestação contra o racismo denominada «Vidas Negras Importam», a evocar, de forma pacífica, os protestos que ocorrem nos Estados Unidos.

Os manifestantes mostraram-se devidamente protegidos de máscara e de luvas, mas o distanciamento social imposto pela prevenção da Covid-19, para segurança de todos, não foi cumprido. Aliás, este foi um dos temas mais criticados nas redes sociais, assim que começaram a ser divulgadas imagens da manifestação contra o racismo em Lisboa.

Muitos internautas defendem a causa, mas não a forma e a altura (de pandemia) em que vivemos para fazer a manifestação.

«ISTO, estar presente hoje, era essencial!»

Daniela Melchior sentiu a necessidade de se justificar e colocou o dedo na ferida quando lhe perguntaram onde estava a consciência social quando decidiu misturar-se com milhares de pessoas. «Deve estar no mesmo sítio das pessoas que foram para a praia em Março. Ou das que fazem filas à porta de lojas de roupa no Chiado. Ou das que já fazem convívios em terraços e piscinas com amigos sem medidas de segurança nenhumas. Ou das que comem fora constantemente. Sabe qual é a diferença entre essas pessoas e as que foram hoje para a manifestação? Não preciso de ser eu a dizê-la. Boa noite», escreveu.

Joana Metrass quis também defender-se de quem a acusou e explicou porque saiu à rua, e se misturou com milhares de pessoas em plena pandemia. «É o mínimo! Como é que é possível sequer se preciso lutar por isso? Estive até hoje em confinamento total, levo o Covid muito a sério, há dois meses que só estou com uma pessoa. Não andei a refilar com a quaretena e não fui a correr para jantares e festas assim que tudo começou a abrir, continuei em quarenta, só a sair para o muito essencial. ISTO, estar presente hoje, era essencial! Não deixa de ser um wake up call que um protesto com o moto “I can’t breathe” porque há seres humanos a morrer sem conseguir respirar assassinados, se passe durante uma pandemia com todos de máscara, com pessoas a queixarem-se e a protestar que não querem usar máscara porque custa a respirar, põe tudo em perspectiva não põe? Chama-se privilégio», lê-se.

Entre vídeos e fotografias partilhados por todos os famosos referidos, o que mais se ouviu foi a expressão «Black Lifes matters» e se viu cartazes que as pessoas empunhavam onde se podia ler «não quero ter medo da PSP» ou «silêncio branco é compactuar».

A marcha contra o racismo teve início pouco depois da 17:00 na Alameda D. Afonso Henriques, junto à Fonte Luminosa e mais de uma hora depois chegou ao Largo do Martim Moniz, com fim na Praça do Comércio.

A manifestação teve como base as manifestações que estão a existir no EUA na sequência da morte de George Floyd.

Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos; Instagram

 

 

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