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Crónica Francisco Guerreiro

LGBTI: 25 anos de trabalho Europeu

Qui, 17/11/2022 - 13:54

Recentemente o Intergrupo LGBTI, composto por 154 eurodeputados, onde me incluo, com várias famílias políticas (excepto a extrema direita, onde o CHEGA se insere), celebrou 25 anos desde que foi formado no Parlamento Europeu.

Recentemente o Intergrupo LGBTI, composto por 154 eurodeputados, onde me incluo, com várias famílias políticas (excepto a extrema direita, onde o CHEGA se insere), celebrou 25 anos desde que foi formado no Parlamento Europeu.

Na cerimónia foi possível compreender o árduo trabalho que tanto deputados e deputadas, como assessores e outros aliados têm feito ao longo dos anos para garantir a igualdade de direitos para esta comunidade. Actualmente o Intergrupo tem um trabalho multidisciplinar em várias comissões e ficheiros legislativos. Por exemplo, há dois anos, foi lançada a “Estratégia em favor da igualdade das pessoas LGBTIQ 2020-2025” que garante metas e objectivos a atingir dentro da União Europeia (UE) no cumprimento de princípios ligados aos direitos humanos.

Pode parecer natural que todos devem amar quem desejam e que perante a lei todos sejam tratados da mesma maneira, mas infelizmente ainda existe muito preconceito e ignorância. E não apenas fora de fronteiras como demonstraram as recentes, e vergonhosas, declarações do embaixador do Catar no Mundial de Futebol, Khalid Salman, que afirmou que a homossexualidade é um "dano mental". Aqui ao lado, na Eslováquia, em outubro, dois gays foram mortos a tiro quando saiam de um bar por um jovem radicalizado. E a lista de ataques à dignidade e à vida destas pessoas, infelizmente, continua.

Importa, portanto, continuar o trabalho deste intergrupo mas também apoiar associações como a ILGA, seja em Portugal seja na Europa, entre outras ONG, pois uma sociedade mais justa é uma que promove a diversidade, a empatia, a liberdade e a igualdade.

Felizmente há muito para celebrar nestes 25 anos de trabalho dentro do Parlamento Europeu, e a UE ainda é um exemplo neste campo progressita, mas não podemos esquecer que ainda há muito a fazer.

Texto: Francisco Guerreiro 

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