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Cristiano Ronaldo

A história do menino que pede o mesmo presente ao Pai Natal há cinco anos

Sáb, 04/11/2017 - 16:14

Léo Ferreira tem dez anos e há cinco que escreve cartas com o mesmo pedido: uma camisola assinada por CR7

Quando for grande quer ser veterinário e jogador de futebol. É fã do Real Madrid, vive na Suíça e tem dupla nacionalidade. Há cinco anos que pede o mesmo presente ao Pai Natal: uma camisola assinada por Cristiano Ronaldo, o seu ídolo de sempre e para sempre.

Tudo começou em 2008. Com 15 meses, Léo Ferreira viu, pela primeira vez, o craque português em Neuchâtel, na Suíça. Na altura, a Seleção Nacional estava presente no Campeonato Europeu de Futebol que se disputava no País.

«O Léo nasceu em 2007 aqui na Suíça. Em julho de 2008, a Seleção esteve cá e nós levámo-lo para ver tudo. Ele já tinha aquela paixão pela bola», começa por contar a mãe, Marta Ferreira, em entrevista ao site da Nova Gente.

«Estavámos na varanda de uma senhora, por isso, não pudemos falar diretamente com o Cristiano. Dissemos 'adeus', mas nunca houve contacto direto.»

Explicando que o menino é fã incondicional do jogador português, a mãe revela que desde os 15 meses que Léo imita o craque.

«Naquele tempo até havia uma publicidade do Cristiano Ronaldo para o cabelo e ele fazia o mesmo gesto», explicou.

 

As cartas, os desenhos, o presente e a resposta que nunca chegou

O menino cresceu e aos quatro anos começou a jogar futebol na equipa do Le Landeron, a cidade onde vive com as irmãs Matilde, de cinco anos, e Maria, de um ano e meio.

«Ele via sempre o Cristiano no telejornal, porque temos os canais portugueses. Começou a querer seguir os jogos, já com quatro anos, ele via aquilo mesmo a sério. Queria ser equipado e tudo.»

Aos cinco anos, começou a enviar cartas ao Pai Natal. Na primeira, como ainda não sabia escrever, fez o desenho de uma camisola encarnada com o número 7. Como tradição, Marta sempre levou o filho aos correios para as entregar. Colocavam o selo do Pai Natal e lá ia o pedido. Mas a resposta tarda em chegar...

«Na noite de 24 de dezembro, o Pai Natal vinha aqui a casa. Ele esperava, preparava uns biscoitos e um leite. Ele é um menino muito doce. Sabendo do pedido, o Pai Natal dizia-lhe que o Cristiano estava ocupado. Ele ficava com as lágrimas nos olhos, mas agradecia sempre e dava um beijinho.»

Com seis anos entrou na escola e começou a escrever. «Ano após ano continua a pedir a mesma coisa. Não pede mais nada. Quando vou colocar a carta sei perfeitamente que é difícil acontecer. Podemos ter todo o dinheiro do mundo, mas isto não conseguimos fazer», explica a mãe de Léo, referindo-se ao pedido da camisola autografada.

Este ano, Léo fez uma tentativa diferente

«Ele escrevia a carta sempre no fim de novembro. Este ano, em setembro, foi para a cama e perguntou-me: 'mamã, amanhã podemos ir aos correios?'. E eu disse: 'Léo, ainda é muito cedo'. Ele respondeu preocupado: 'no ano passado, ele [o Pai Natal] teve muitas crianças e não teve tempo de passar em casa do Cristiano Ronaldo. E eu escrevia as cartas em francês e ele [Cristiano Ronaldo] se calhar não percebia'» .

Com a esperança de ver o desejo realizado, Léo escreveu a carta em português e, tentando ajudar, a mãe fotografou-a e divulgou-a nos comentários dos Facebook de Dolores e de Katia Aveiro.

«Eu já tinha escrito à D. Dolores, mas foi a equipa dela que me respondeu. Eles devem ter milhares de pedidos. A Katia também nunca me respondeu. Talvez veja os comentários, mas nunca me respondeu. Há várias pessoas a apoiarem, mas ainda não houve resposta.»

«Ele tem dez anos, daqui a pouco já não acredita no Pai Natal e nós sentimos sempre que há aquela falha na noite de consoada», conclui Marta Ferreira.

Percorra a galeria e veja as cartas escritas pelo menino e os momentos em que admirou os espaços do craque no mundo do futebol.

Texto: Mariana de Almeida; Fotos: DR

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