Covid-19 tratada com Viagra? Parece uma anedota, mas... aconteceu. A enfermeira portuguesa Mónica Almeida, de 37 anos, que vive em Inglaterra, passou 28 dias em coma, infetada com o novo coronavírus. A esperança era pouco e os médicos já tinham decidido que iam desligar as máquinas que a mantinham viva, mas, três dias antes de isso acontecer, deram-lhe o famoso comprimido azul como parte de um tratamento experimental.
A história foi revelada pelo jornal britânico The Sun. Mónica, que vive e trabalha em Gainsborough, testou positivo para a covid-19 no final de outubro. A 9 de novembro, foi internada e, uma semana depois, teve de ser transferida para os Cuidados Intensivos, onde foi colocada em coma induzido no dia 16. Depois de ter sido tratada com Viagra, conseguiu reverter um quadro clínico terminal e despertou do coma a 14 de dezembro.
Assim que acordou, os médicos do Lincoln County Hospital contaram à enfermeira que lhe foi administrada uma grande dose daquele medicamento, normalmente usado para a disfunção erétil. A experiência não poderia ter corrido melhor e, uma semana depois, a profissional de saúde melhorou substancialmente. “Eu contei uma piada ao enfermeiro assim que acordei, porque o conhecia. Ele disse-me que era Viagra, eu ri-me e pensei que ele estava a brincar. Mas ele disse ‘não, a sério, tomaste uma grande dose de Viagra’. Foi o meu pequeno milagre de Natal“, disse Mónica Almeida ao The Sun.
Viagra autorizado para tratamento da covid-19 em Inglaterra
Mónica Almeida estava tão doente que os pais, que vivem em Portugal, foram aconselhados a voar até Inglaterra para se despedirem da filha. Foi então que, numa derradeira tentativa de salvar a vida de Mónica, os médicos decidiram usar Viagra. A explicação é simples: este fármaco dilata os vasos sanguíneos e abre as vias respiratórias. A verdade é que a enfermeira saiu do coma a tempo do Natal e foi autorizada a viajar até Portugal para passar a passagem de ano junto da família.
Atualmente, este medicamento pode ser administrado a pacientes que estejam infetados com covid-19 no Reino Unido. Ainda assim, os utentes têm de concordar em fazer parte de um estudo com medicamentos experimentais. “Foi definitivamente o Viagra que me salvou. Em 48 horas, abriu-me as vias respiratórias e os meus pulmões começaram a responder”, disse Mónica.
Em recuperação com o marido Artur e os dois filhos, de nove e 14 anos, Mónica suplica para que as pessoas se vacinem contra a covid-19. Em entrevista ao Lincolnite, deixou o alerta: “Há pessoas que dizem que a vacina mata. Não nego que existam pessoas que passam mal com a vacina, mas, quando olhamos para a quantidade de mortes que temos em pessoas não vacinadas, há uma mensagem clara: ‘tomem a vacina’. Fico preocupada que as pessoas sejam contra a vacinação. Nunca esperei que aos 37 anos ficasse tão doente como fiquei. Nunca pensei que fosse acontecer comigo e quero que as pessoas levem a covid-19 mais a sério”.
Fotos: Reprodução redes sociais
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