Segundo a Organização Mundial de Saúde, os cães e os gatos também podem apanhar coronavírus, mas não da mesma forma que os humanos. Se vive com algum destes animais de estimação, leia com atenção que sintomas podem ter e que cuidados deve ter.
Primeiro, é importante que se saiba que há vários tipos de coronavírus: os alfa e beta (que infetam mamíferos) e os gama e delta (que atingem aves e peixes).
O vírus responsável pelo surto que já atingiu mais de 110 mil pessoas em todo o Mundo, e matou mais de quatro mil, pertence ao grupo beta. E o vírus que pode infetar os animais de estimação é do grupo alfa (e não do beta). Daí a forma como cães e gatos são afetados pelo vírus ser diferente da dos humanos.
Como tal, os animais também não podem transmitir o vírus, nem entre eles nem aos humanos.
«A família é a mesma, mas são de grupos diferentes e não se transmitem entre si», adianta um professor de microbologia em declarações a imprensa internacional. «O coronavírus em animais, mais especificamente em cães, gatos e bovinos, manifestam-se de maneira diferente do que os humanos», acrescenta.
Sintomas e tratamento
Os sintomas do coronavírus em humanos passam, essencialmente, por dificuldades respiratórias, associadas a tosse, espirros e febre.
Já em cães, o vírus provoca, principalmente, um quadro gastrointestinal. Em gatos, «através de um processo complicado de mutação», pode provocar Peritonite Infeciosa Felina (PIF). A transmissão ocorre geralmente através de fezes de gatos contaminados e os sintomas passam por febre, vómitos, perda de apetite, diarreia e convulsões.
Cuidados a ter
A WSAVA – World Small Animal Veterinary Association aconselha, embora o contágio do SARS-CoV-2 aparente ser apenas possível entre humanos (especialmente por partículas das vias respiratórias expelidas através da tosse/espirros), a alguns cuidados.
São eles:
- Uma pessoa infetada com 2019-nCov ou com a doença COVID-19 deve evitar contacto com animais;
- No caso de estar infetado e o seu animal demonstrar algum sintoma, deve contatar o Médico Veterinário. Não se dirija ao Hospital/Clínica/Consultório.
Texto: Ana Filipe Silveira, com Filipa Rosa; Fotos: D.R.
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