Nacional
Conan Osíris e Cristina Ferreira

Cantor revela o que o une à apresentadora: «Toda a gente precisa de cunhas»

Sáb, 02/03/2019 - 10:20

É o favorito à vitória do Festival da Canção. Nas últimas semanas, tem sido elogiado, criticado e imitado. Conan Osíris revela como vive este momento e explica porque quis ir ao Programa da Cristina

Telemóveis e, claro, o seu intérprete, Conan Osíris, estão nos ouvidos do mundo. A versão em estúdio e a atuação na primeira semifinal do Festival da Canção somam, em conjunto, 4 milhões de visualizações no Youtube. Desde 16 de fevereiro, a vida de Tiago Miranda tem sido um carrossel de aparições em programas de televisão e de rádio, de elogios mas também de críticas.

O músico de 31 anos é, a avaliar pelo gosto popular, o favorito à vitória do Festival da Canção 2019 que se realiza este sábado, 2 de março, em Portimão. Em conversa com a TV 7 Dias, um dia antes da grande final, Conan Osíris revela como está a viver este momento único e explica também o que tem em comum com Cristina Ferreira, com quem esteve nas manhãs da SIC, na passada terça-feira, 26 de fevereiro.

Como têm sido estes quinze dias?

Às vezes parece que só passou um dia, às vezes parece que já foram cinco anos. Mas está a ser tranquilo. Estou a tentar gerir.

Para a final, vai mudar alguma coisa na sua atuação?

Tem uns ligeiros aperfeiçoamentos, mas nada muito fulcral. Umas surpresas.

Estava à espera do impacto que a sua atuação teve, nos programas de humor, na sua ida ao programa de Cristina Ferreira?

Não estava à espera mas sabe que, olhando para trás, faz um bocado de nexo da parte deles. Eles próprios querem aproveitar o momento. O Programa da Cristina, além de já estar falado há mais tempo, foi quando calhou e foi uma coisa diferente. Foi algo que eu queria há já algum tempo. Para mim tem nexo porque já acompanho o trabalho dela há algum tempo e é uma pessoa que está relacionada comigo por alguns factores que nos são comuns.

Por exemplo?

O facto de as pessoas nos subestimarem só porque parecemos estar sempre na boa.

O Conan e a Cristina são populares por factores diferentes. Será isso que as pessoas desdenham?

Passa não só pela parte de subestimarem mas também por outra, que é um bocadinho mais assombrosa da nossa sociedade, que é o facto de o pessoal estar sempre à espera que toda a gente precisa de cunhas e, de repente, aparecem pessoas que não andaram a engraxar os sapatos a ninguém. As pessoas não conseguem conviver muito bem com isso.

Qual foi o comentário ou a reação mais surpreendente desde a primeira semifinal?

Surpreendeu-me bastante o facto do pessoal estar a preparar-se para o carnaval a mascarar-se de mim. É uma coisa surreal! É um impacto na cultura um bocado além… é quando já tens a certeza que pelo menos alguma coisita passou.

Previu que isso iria acontecer quando construir o seu ‘boneco’?

Nunca! Era aquilo que eu queria levar. Nunca na vida pensei que as pessoas iriam colocar esforço a mascararem-se!

Asssusta-o a perspetiva de haver tanta gente, fora de Portugal, a fazer vídeos de reações à sua música?

Fico espantado e são essas reações, quando as pessoas não sabem o que é a letra, quando não sabem o que é aquilo.. vi uma rapariga a dizer ‘eu não sei do que é que ele está a falar mas parece que está a falar da vida em si’. Quando ela disse isso, eu pensei, ok, não preciso de fazer mais nada. Porque ela não está a perceber o que eu estou a dizer, não entende nenhuma referência e está a sentir aquilo! A emoção passou para a pessoa e isso… aí já não posso negar.

O que faz nestes dias para relaxar, para desligar um bocado?

Trouxe uma máscara de relaxamento facial. Não trouxe a minha consola porque pensei que não ia ter tempo. É uma das coisas que me faz relaxar mas também me desliga um bocadinho. Como não queria estar tão alienado não a trouxe e estou a aproveitar para gerir as minhas redes sociais, que não tenho tido muito tempo.

Tem algum ritual antes de atuar?

Além do chá e de ouvir uma música que se chama Luckasta si ti, uma música ´servia de um senhior que se chama Miroslav Ilić… costumo ouvir muitas vezes essa música. Não se tornou uma coisa que eu queria fazer. Tornou-se aquela coisa para eu aquecer e até agora o João me pergunta se vamos ouvi-la…. embora nem ele nem eu percebamos muito bem o que lá se diz.

 

Texto: Raquel Costa; Fotos: Impala e reprodução Instagram

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