Não damos por elas, mas dizem aos outros quem nós somos na realidade. São as nossas atitudes e gestos inconscientes. Fazemos a maior parte dessas acções de forma rotineira, sem nos apercebermos do significado que têm para as outras pessoas. Porém, somos julgados, antes de qualquer outro factor, por essa aparência que construímos à nossa volta.
Quando criamos mentalmente a imagem de alguém, aquilo que o vemos fazer pesará sempre muito mais do que qualquer coisa que o oiçamos dizer. E não precisamos de ser Lightman (o protagonista da série Lie To Me). Todos nós temos a capacidade de interpretar as mensagens que os outros nos enviam através dos seus comportamentos.
Estamos geneticamente programados para detectar sinais de conduta e perceber rapidamente o seu significado. Se as palavras e os actos forem contraditórios, percebemos. Se estamos perante alguém que defende constantemente uma coisa e faz o contrário, o nosso juízo vai basear-se no que ela faz.
A maioria dos gestos e atitudes, embora possam ser interpretados com maior ou menor intensidade, tem uma tradução básica comum. É útil conhecê-la porque é a partir dela que os outros nos avaliam.
O problema é que fazemos muitas destas coisas sem pensar. Já estão muito integradas na maneira como agimos todos os dias. Damos, muitas vezes, uma má imagem de nós próprios, sem o sabermos.
O que podemos fazer é estar atentos aos chamados sinais de alarme. Nesta categoria entram as opiniões dos amigos, colegas e familiares, que podem ajudar-nos a melhorar o nosso comportamento, transmitindo uma melhor imagem.
Dicionário de atitudes
Chegar tarde: “O meu tempo é mais valioso”
Atender o telemóvel quando estamos com alguém: “Tens pouca importância para mim”
Olhar para o relógio: “Despacha-te”
Mudar de tema de repente: “Não me interessa o que dizes”
Não convidar um subordinado ou visitante a sentar-se: “Só vou dedicar-te alguns minutos”
Semicerrar ou fechar as pálpebras: “Não quero ouvir-te – por medo ou porque não estou preparado”
nterromper: “O que tenho a dizer é mais importante”
Mexer no telemóvel: “Coisas mais relevantes merecem mais a minha atenção”
Andar depressa: “Já tiveste a quantidade da minha presença a que tens direito”
Fazer comentários laterais numa conversa ou reunião: “Muda de tema, isso não me interessa”
Cuidado com o que mostra
É um profissional rigoroso, sempre preocupado com o tempo? Há um erro que deve evitar: estar sempre a olhar para o relógio, de forma visível
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