Nacional
Cláudio Ramos

Das horas de trabalho à falta de reconhecimento, apresentador revela o porquê do adeus à SIC

Sáb, 25/04/2020 - 14:45

Cláudio Ramos não tem dúvidas sobre a SIC: «É muito ingrato! É muito ingrato. Acho que não nos valorizam. As pessoas não têm noção quando dizem: ‘Ah, saiu. Ingrato. Estava tão bem.’ As pessoas não sabem o que é estar numa estação de televisão onde se acorda todos os dias às 7 da manhã durante 18 anos»

Cláudio Ramos contou toda a verdade numa entrevista que marca o adeus à SIC e o início na TVI. A passagem do apresentador pelo programa Era o que Faltava, da Rádio Comercial, ficou marcada por várias revelações a propósito da sua mudança para o canal de Queluz de Baixo, onde vai conduzir, já a partir de domingo, dia 26 de abril, a primeira fase do reality show Big Brother 2020, denominada BB Zoom.

Pela primeira vez, Cláudio Ramos confessou que «a SIC não recebeu bem» a sua decisão. E fundamentou: «Nenhuma empresa iria receber bem, porque eu sou um ativo bom. Não tenho nenhuma modéstia em dizer que sou um belíssimo ativo nisto que é fazer televisão. Um bom ativo é uma pessoa que é pau para toda a obra, que consegue fazer tudo e não deixa os diretores defraudados. Na SIC, fiz tudo durante 18 anos de casa.» O apresentador só lamenta que «nunca» tenha tido a «a oportunidade de mostrar» aquilo que também consegue fazer a solo.

«Aceitava na esperança de que, um dia, porra, chegasse um formato e dissessem: ‘Cláudio, além disto, tu podes fazer aquele formato’»

Ana Martins, que conduz com Rui Maria Pêgo aquele programa, questionou o convidado se não era para ele «ingrato» não ter sido reconhecido durante o tempo em que esteve na estação de Paço de Arcos.

Cláudio Ramos não tem dúvidas: «É muito ingrato! É muito ingrato. Acho que não nos valorizam. As pessoas não têm noção quando dizem: ‘Ah, saiu. Ingrato. Estava tão bem.’ As pessoas não sabem o que é estar numa estação de televisão onde se acorda todos os dias às 7 da manhã durante 18 anos e, nos últimos cinco anos, durante três dias da semana, sair da SIC à meia-noite e meia. sendo que num dos dias [quarta-feira] eu nem sequer saía do estúdio, porque fazia um programa de manhã [Queridas Manhãs e, no último ano, O Programa da Cristina, ambos da SIC], outro programa à tarde [Contra Capa, SIC Caras] e dois programas à noite [Passadeira Vermelha, SIC Caras].»

O apresentador destacou ter consciência de que «aceitava fazer» aquilo, que «era o que queria e era o dinheiro que ganhava». «Nunca fui obrigado, mas aceitava sempre na esperança de que, um dia, porra, chegasse um formato e dissessem: ‘Cláudio, além disto, tu podes fazer aquele formato.’ Todos nós sabemos que também nos sabe bem, valoriza-nos. Nem é o dinheiro, atenção!», disparou.

«Eu enviei propostas, eu fiz pilotos, eu paguei do meu bolso uma série de coisas para que as coisas resultassem e não resultaram. Eu saí da SIC porque eu não tinha como crescer», acrescentou.

Texto: Dúlio Silva; Fotos: Impala e reprodução Instagram

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