Cláudia Vieira entregou um cheque de 3.183 euros à Make a Wish, em nome da associação BebéVida. Este valor resulta da 5ª edição da Maratona da Maternidade, que se realizou em outubro, e este valor foi recebido pela diretora executiva da fundação, cujo trabalho é realizar o sonho de crianças que passam por momentos difíceis, nomeadamente em termos de saúde.
A atriz falou à NOVA GENTE sobre esta iniciativa enquanto embaixadora e mostrou toda a disponibilidade para continuar a dar a cara por ações desta natureza.
Leia a entrevista a Cláudia Vieira:
Mais uma vez, participa numa ação de cariz solidário. De que forma é que estas iniciativas são importantes para si?
Participar nestas ações de cariz solidário faz todo o sentido, porque, se calhar, o facto de eu conseguir chegar a mais pessoas vai fazer com que elas colaborem com essas mesmas ações que estão a decorrer. Neste caso, estamos a falar da BebéVida, com quem já tenho uma relação de parceria enquanto embaixadora e que acompanhou o nascimento das minhas duas filhas. Existe uma relação de confiança e de admiração pelo trabalho da BebéVida, que opta por apoiar a Make a Wish, que é uma associação da qual eu sou embaixadora e que também faz um trabalho absolutamente incrível e louvável, apoiando e colaborando com crianças que estão em situações delicadas e a passar por um momento menos fácil da vida delas. E, de repente, a Make a Wish ajuda a que um momento dramático da vida delas e das respetivas famílias se torne um bocadinho mais leve, e faz acreditar que melhores momentos virão. Logo, para mim, tudo o que seja ações solidárias, que a minha agenda permita e com as quais eu me identifique, faz sentido. Neste caso, mais ainda, porque existe uma relação minha com a BebéVida e com a Make a Wish.
Pode falar-me um pouco desta ação específica e explicar a razão por que aceitou dar a cara por ela?
Esta é uma iniciativa que tem vários objetivos. O primeiro é dar um incentivo à natalidade, portanto venham bebés! O segundo é motivar as grávidas a que mantenham um ritmo de exercício físico e, de uma forma geral, passar a mensagem de que temos de nos mexer, fazer exercício para termos uma vida mais saudável. Depois, o facto de se inscreverem com um valor extremamente simbólico, e se conseguissemos atingir um determinado numero de quilómetros – neste caso foram mil – a BebéVida comprometia-se com a Make a Wish a doar o dobro desse valor.
Sendo mãe, sente uma ligação mais próxima ou mais especial a esta associação?
Acho que é inevitável nós não nos colocarmos no papel e na posição dos pais e da família que estão a acompanhar estes momentos de tratamento dos filhos e, por isso, acho que sim, que o facto de ser mãe mexe um bocadinho mais comigo. Mas acho que, mesmo que não o fosse, mesmo que ainda não tivesse filhos, acho que igualmente entenderia que nós gostamos de proporcionar aos nossos, aos que amamos, o melhor possível. E se, de repente, há uma associação que faz esse trabalho e que entra na realização do desejo de uma criança, eu mexia-me e fazia tudo o que estivesse ao meu alcance para realizar esse desejo, esse sonho. Acho que é uma ação que mexe com qualquer pessoa, seja mãe ou não. Mas, sim, talvez tenha um cariz mais forte para quem é mãe.
Pode dar-nos o exemplo de uma criança a quem ajudou a realizar algum sonho e que a tenha marcado mais profundamente?
Podia dar vários, mas sem dúvida que um dos que mais me marcou foi o primeiro que realizei. Primeiro, porque foi a primeira vez que estive em contacto com esta associação e pude ver o efeito que estava a ter. Era uma menina, a Andreia, e eu posso revelar a identidade porque ela tornou-se voluntária da Make a Wish, agora já crescida. Ela tinha um desejo que era ter um dia de limousine e de compras. Era um dia de sonho. Como ela mencionou que uma das pessoas de quem gostava muito e que gostava de conhecer era eu, surpreendia-a. E ver a reação, a cara dela, quando eu cheguei, ver o quão ela estava feliz... Ela nunca pensou que aquilo fosse possível. Entrar numa loja e estar a escolher isto e aquilo, erntrar na outra loja a seguir e ter à disposição compras de um determinado valor, porque a loja colaborou com a associação, levá-la a lanchar, parar uma limousine para ela entrar e sair… Foi tudo tão fascinante para ela… Foi um dia de princesa que a marcou e ela estava radiante. E eu percebi este efeito que a Make a Wish tem na vida das crianças. Mesmo as equipas médicas notam uma diferença no processo. Quando a criança sabe que vai realizar algum desejo ou nos dias a seguir, está mais disponível para os tratamentos. E isso marca bastante.
“Faço questão de partilhar com a Maria as experiências que tenho”
Neste tipo de ações, como consegue controlar as emoções? Não deve ser fácil…
É óbvio que muitas vezes nos deparamos com crianças que estão com pouca capacidade de acreditar que podem ter um dia diferente, mas também sentimos que tem sempre algum efeito, provoca sempre alguma emoção e que dá sentido à nossa vida. Faz sentido nós podermos colaborar e estar ali ao lado, e sentir que, de alguma forma, conseguimos provocar emoções nos outros. Por isso, acabamos por ter a capacidade de gerir as nossas emoções também e saber lidar com tudo isso.
De que forma tenta passar este lado mais solidário à sua filha Maria?
Faço sempre questão de partilhar com a Maria as experiências que tenho e assumir que todos temos a responsabilidade de cuidarmos uns dos outros, que temos de dar um bocadinho de nós e que temos de aceitar que há pessoas mais revoltadas, mais tristes ou mais amarguradas, porque a vida não lhe está a correr tão bem. Eu sou madrinha da Casa da Palmeira, que é uma casa de acolhimento temporário para crianças em situações delicadas. A Maria vai comigo uma a duas vezes por ano fazer a entrega dos presentes e ter contacto com essas crianças, que são iguais a ela, mas que têm uma experiência de vida muito diferente. As famílias não são todas iguais, nem têm a mesma estrutura e cabe a quem tem um bocadinho mais de capacidade e estrutura emocional, financeira ou o que quer que seja, apoiar, ajudar e estar presente, porque somos todos humanos.
Esta Maratona da Maternidade era dirigida às famílias portuguesas em crescimento. Ainda gostava de aumentar a sua, com mais um bebé?
Fazia parte dos meus sonhos, desejos ou objetivos de vida – o que quer que seja – ter três filhos. Acho que temos de aceitar o que a vida tem para nos dar. Isso era uma coisa que eu gostava muito, mas também gostava de ter tido três filhos próximos e as minhas filhas têm quase 10 anos de diferença. Não sei… Neste momento, a única coisa que posso dizer é que me sinto muito realizada, muito abençoada e muito feliz com as duas filhas que tenho.
A sua família acabou por crescer agora, com o nascimento do irmão da Maria, filho do Pedro Teixeira. Como é que ela está a viver este momento tão especial?
A Maria está radiante, fascinada com a chegada do Manel, porque ela adora crianças, adora bebés. Ela desejava muito ter manos e acho que as coisas vieram todas no tempo certo. Para quem não tinha irmãos, agora, de repente, tem uma irmã e um irmão, portanto não podia estar mais feliz e radiante com a chegada do Manel.
Recentemente, numa entrevista ao Manuel Luís Goucha, o Pedro elogiou muito a Maria e a relação que ela tem com a Caetana e com o João. Disse que gostava que isso acontecesse também com a nova família dele, o Manuel e a Sara. Pensa que isso vai acontecer?
Acho que cada família gere as suas relações internamente e passam aos filhos os valores, o alimento, o amor da forma que entende. Por isso, eu gostava e acredito que sim. Acredito que isso vai acontecer, sim.
“Estou totalmente disponível e com vontade de regressar”
Para quando o regresso às novelas? Imagino que receba muitas mensagens de fãs a perguntar o mesmo.
Recebo algumas, sim, e pode ser a qualquer momento, conforme vão surgindo os projetos. Fez sentido estar mais ligada à apresentação, entretanto fiz uns projetos num contexto um bocadinho diferente, que foi um telefilme e a série “A Lista” para a OPTO, mas estou totalmente disponível e com vontade de regressar, desde que a personagem seja um desafio interessante e que venha acrescentar algo à minha área profissional.
Vimo-la como apresentadora em formatos como “O Noivo é que Sabe” ou “Regresso ao Futuro”. Em que papel se sente melhor, apresentadora ou atriz?
Apresentei esses dois programas com características muito diferentes e gostei muito. Acho que foi uma excelente experiência e que acrescentou algo diferente na minha carreira. Se me vejo melhor no papel de apresentadora do que a interpretar personagens… Mais ou menos. Eu gosto muito de intervalar entre um projeto de ficção e um de apresentação.
Gostava que houvesse uma nova temporada de “O Noivo é que Sabe”?
Acho que sim. Eu gostei bastante. Foi um programa em que fiz parte de um dia especial da vida das pessoas e em que toda a produção trabalhava para isso. Gostei muito de o fazer, por isso, sim, gostava.
O que é que mais gostou neste programa e qual foi o seu casal favorito?
Prefiro não dizer, como é óbvio. Foram os concorrentes do meu programa e não gosto de beliscar ninguém. Em relação ao que mais gostei, foi ver a atrapalhação dos noivos a organizar os casamentos e, ao mesmo tempo, ver as noivas fascinadas e derretidas com as surpresas que os noivos lhes preparavam e o partilhar as histórias de amor com as família se amigos. Foi uma experiência muito engraçada e muito interessante.
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: XXX
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