Clara de Sousa explica tudo, numa entrevista exclusiva: “Nunca critiquei os meus colegas”.
As declarações à Nova Gente, a 8 de março, sobre os enviados especiais à guerra da Ucrânia, envolveram a pivô da SIC numa polémica com outros colegas de profissão. Agora, a jornalista explica tudo e destaca alguns nomes de vários canais.
Tudo aconteceu durante a atribuição dos Prémios Cinco Estrelas, em que a pivô foi distinguida com o galardão na categoria Jornalismo.
Clara de Sousa disse à NOVA GENTE que não queria ser enviada especial da SIC à Ucrânia ou aos países fronteiriços, ao contrário dos colegas da Informação. “Não gostava. Não sou repórter de guerra. E também acho que as pessoas não podem ir de ânimo leve para este tipo de ‘palcos’. As pessoas devem estar onde são mais necessárias. Se eu sou mais necessária no estúdio para ‘distribuir jogo’, obviamente que são os meus colegas que têm mais treino em cenários de guerra que devem ir para lá. Porque isto de estar num palco de guerra não é uma coisa simples.”
A verdade é que, pouco depois, criou-se a ideia de que outros profissionais estariam “ofendidos” com estas declarações de Clara de Sousa, e alguns sites chegaram a falar em “polémica” com José Rodrigues dos Santos. Agora, a estrela da SIC esclarece tudo, em exclusivo à Nova Gente: “Estou muito surpreendida como declarações minhas, a 8 de março, poucos dias depois do início da guerra na Ucrânia, foram deturpadas e descontextualizadas, dando origem a uma polémica sem sentido. Quando vi, pela primeira vez, o título de que estava a criticar colegas meus que iriam cobrir uma guerra, achei tudo aquilo ridículo e nem dei muita importância, porque eram claras e recentes as declarações que tinha feito para a Nova Gente. Mas, desta vez, o monstro começou a alimentar-se de si mesmo e a viver com base na falsidade. Por isso, acho que é necessário esclarecer quem andou desatento ou apenas olhou para títulos gordos sem qualquer sentido. Nas declarações que fiz dizia que não gostaria de ser enviada para um cenário de guerra, porque devemos estar onde somos mais necessários, e que eu, sendo mais necessária em estúdio, deveria lá ficar, deixando que outros jornalistas, que habitualmente estão no terreno, fossem enviados para o cenário de guerra. Referi-me nomeadamente aos tempos em que os primeiros a irem eram a Cândida Pinto ou o Paulo Camacho. Aliás, desejei a todos os jornalistas no terreno um bom trabalho e que regressassem bem, em segurança.”
Leia toda a entrevista na revista que já está nas bancas.
Texto: HUMBERTO SIMÕES; Fotos: D.R.
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