Artigo de opinião
Por Tiago Baptista Fernandes - Cirurgião Plástico
Em 1963 nos EUA, foi usada a primeira geração de implantes mamários pela empresa Dow Corning, mas só em 1967, o Prof. Dr. António Baptista Fernandes (meu avô), usou pela primeira vez um implante de silicone em Portugal.
Ao longo dos anos, a tecnologia foi evoluindo, quer no conteúdo (gel de silicone tem vindo a tornar-se mais coesivo), como no involucro, isolando melhor o silicone do seu interior.
Durante a década de 90, os implantes foram suspensos nos EUA, para que estudos mais completos, fossem realizados, por forma a garantir a sua absoluta segurança na saúde das mulheres.
Já no início do milénio, graças a inúmeros estudos americanos, foram considerados seguros pelas entidades americanas, e como tal readmitidos no mercado norte americano. Este facto veio dar mais confiança internacionalmente, tendo havido uma procura cada vez maior.
Nos últimos 20 anos houve um aumento superior a 200%, de 100 mil casos ano, para mais de 300 mil só nos EUA.
Em termos de evolução da tecnologia, não têm havido novidades, pois o último avanço significativo ocorreu há mais de 25 anos, em 1993, com a introdução dos implantes com gel mais coesivo e com cápsulas mais eficazes na impermeabilização do silicone.
Com a chegada a Portugal, em 2019, de uma nova geração de implantes, 30% mais leves que os implantes tradicionais, além de uma recuperação mais rápida.
Estes novos implantes são uma revolução, pois é uma melhoria impressionante no dia a dia da mulher, bem como na recuperação cirúrgica. Vai permitir uma menor queda dos tecidos provocada pela menor ação de gravidade do implante e menor oscilação durante a prática de exercício.
Em termos de recuperação a maioria dos pacientes segundo um estudo publicado no Aesthetic Surgery Journal demonstra menor desconforto na recuperação cirúrgica.
Principais vantagens da nova geração de implantes:
- Menor pressão nos tecidos
- Menor queda ao longo dos anos
- Maior conforto com recuperação pós-operatória mais rápida
- Maior facilidade de observação dos tecidos mamários, no controlo radiológico devido à composição do material da prótese ser mais transparente que o silicone tradicional.
Indicações:
- Mulheres que sofreram Mastectomia por cancro ou por profilaxia
- Jovens ativas
- Mulheres com flacidez dos tecidos mamários
- Cirurgias de substituição de implantes
Passados 52 anos, do meu avô, António Baptista Fernandes, ter realizado a primeiro implante mamário em Portugal, é com particular orgulho que realizei a primeira cirurgia em Portugal desta nova geração de próteses B-lite.
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Tiago Baptista Fernandes - Cirurgião Plástico - Instituto Português de Cirurgia Plástica
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