Catarina Gouveia está afastada da televisão há cerca de dois anos e, numa entrevista à NOVA GENTE, falou do gosto pela culinária e descreveu ainda o primeiro ano de casamento ao lado do marido, Pedro Melo Guerra, revelando querer ser mãe no próximo ano.
Fez recentemente um ano que casou com o seu marido, Pedro Melo Guerra. Qual o balanço que faz deste ano de casamento?
Foi um balanço muito positivo., Este ano dediquei-me com uma grande intensidade ao projeto do livro e sinto que o Pedro foi decisivo, porque eu estava sempre a adiar este projeto, porque primeiro achava que não tinha talento para escrever um livro, porque não sou autora, sou atriz. Portanto, era algo que eu adiava sempre quando recebia o convite. E o Pedro foi decisivo pela força e pela determinação que me transmitiu, sempre que isto era assunto ou tema e ao longo do ano foi um super companheiro, ele foi a cobaia [risos]. E foi uma ótima cobaia, porque ele é super honesto: quando está bom, está, quando não está também não tem problemas em dizê-lo. Portanto, foi um super companheiro e tivemos um ano feliz. No primeiro trimestre do ano estivemos confinados e acabou por ser super intenso. Eu cozinhava todos os dias, estávamos no processo de escrever as receitas, eu fazia e ele ao almoço provava, tinha direito a entrada, prato principal e sobremesa. Foi um ano muito feliz e espero que seja sempre assim, dar-mos apoio um ao outro nos nossos projetos pessoais.
Para quando o passo seguinte, a maternidade?
Talvez para o próximo ano. Sei que é algo que não depende só de mim, nem do Pedro, portanto, é também quando o Universo e Deus quiserem. Mas gostava muito de no próximo ano começar a pensar nisso [ter um filho]. Já temos um ano de casados, já fizemos algumas viagens, já temos algumas memórias enquanto casal, que é importante, para daqui a muitos anos nos lembrarmos de quando éramos só nós os dois. Mas acho que talvez no próximo ano, seja um bom timing para ser mãe.
Qual é a melhor qualidade do Pedro e o principal defeito?
A melhor qualidade é ser extremamente trabalhador e o pior defeito é talvez o perfeccionismo, porque quando é em demasia acaba por prejudicar os resultados.
Já têm alguma viagem definida para breve?
Sim, temos uma viagem programada, cujo destino ainda não está definido. Mas queremos em dezembro, fazemos os dois anos em dezembro e queremos fazer uma viagem, um lugar quente era o que gostávamos.
Catarina Gouveia diz que "cozinhar é uma forma de terapia"
Lançou recentemente o seu primeiro livro de receitas, "Feito com Amor". Por que razão o escreveu e o que podemos encontrar nele?
A razão pelo qual eu escrevi foi um sentido de dever para o público que me acompanha nas redes sociais há algum tempo. Sinto que há uma comunidade que me tem acompanhado nos últimos anos e que também se identifica com parte do meu estilo de vida, que é a alimentação saudável, a paixão pelas receitas e fazermos as nossas próprias refeições. E eu gosto muito de partilhar as minhas refeições, porque são sempre criadas no momento, com aquilo que tenho no frigorífico. E vou partilhando de forma genuína e já o faço há muitos anos. E muitas pessoas perguntavam-me quando sairia um livro de receitas ou algo para consultarem quando quisessem.
Como começaram as suas aventuras culinárias?
A minha paixão pela cozinha começou muito pela minha mãe, que desde cedo, me motivou a estar ali na cozinha, ao lado dela. Ela era uma ótima cozinheira, mas muito tradicional. E eu lembro-me em tudo o que a minha mãe me delegava, às vezes queria estar na rua com as minhas amigas, e eu não fazia o bolo com amor e ele não saía bem.
Que conselhos culinários dados pela sua mãe na cozinha é que ainda hoje se rege no dia a dia?
Ficaram algumas bases, como cozinhar com tempo e com calma, não ter pressa para os resultados. Porque, às vezes, a pressa ou cozinhar apressadamente acaba por ser nossa inimiga e traiçoeira. E eu, cresci a cozinhar tradicionalmente. Eu lembro-me que a minha mãe ia de manhã para o trabalho e às 9h30 o telefone de casa tocava e era a minha mãe a acordar-me a dizer-me para começar a picar a cebola e a fazer o refogado, porque às 13 horas era o almoço e eu estava encarregada disso. Devia ter 11 ou 12 anos, na altura das férias, que era quando eu estava por casa. Portanto, aprendi a cozinhar sempre com tempo e com o lume no mínimo, para acontecer com calma e nada de precipitações. Acho que esse é um ótimo conselho. Eu faço sempre imensas panquecas e muitas pessoas dizem-me que as delas desmancham-se e o conselho que dou é para o lume estar baixo e dar tempo. Ter tempo para a comida é essencial e com amor, temos de lá estar com presença. É quase uma forma de terapia, porque nós desligamos quando cozinhamos. Se estivermos entregues ao processo, acabamos por nos desligar e por desfrutar do momento.
Quais as suas especialidades gastronómicas, que os seus familiares e amigos gabam quando vão a sua casa?
Faço um ótimo gratinado de legumes, faço uma ótima lasanha de legumes ou uma bolonhesa de lentilhas, que também é ótima e depois um bolo de chocolate ou uma mousse, acho que são as preferidas.
Tem algum projeto em breve na televisão?
Ainda estou em stand by, quero dar um tempo, para já. Acho que no início do próximo ano já se podem partilhar as novidades.
“Sou muito poupada”
No seu quotidiano é uma mulher vaidosa?
No meu dia a dia sou uma rapariga prática! Gosto de me sentir elegante, mas ponho a praticidade em primeiro lugar, ou seja, não sou adepta de saltos altos ou de vestidos muito justos, que me retirem o conforto e a mobilidade. Gosto de simplicidade, praticidade e elegância, é um estilo que gosto muito.
Mas poderemos encontrar um dia destes a Catarina, na rua, de fato de treino e ténis ou nem por isso?
Sim, porque vou muitas vezes ao ginásio [risos]. Muito provavelmente, como faz parte da minha rotina diária, pode encontrar-me de ténis e de roupa de desporto. Mas tirando isso, no dia a dia uso mais uns jeans, um bom casaco, um blazer, uns ténis ou uns mocassins, gosto de ter ali um toque mais chique e sentir-me mais feminina.
No seu closet qual é a peça de roupa ou acessório que podemos encontrar em maior quantidade?
São vestidos! Eu gosto muito de vestidos, mais no verão, para não ter de pensar o que usar na parte de cima e na parte de baixo. Mas não tenho a perdição, que eu agora sinto, que se vive até de forma desajustada, pelas malas de luxo, pelos sapatos, não tenho e agradeço muitas vezes por não ter. Porque prefiro investir noutro tipo de peças, sou muito poupada nisso.
Texto: Levi Filipe Marques; Fotos: Nuno Moreira
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