No tribunal de Nova Iorque onde decorre o julgamento de Renato Seabra fez-se silêncio quando ao júri foram mostradas as provas encontradas no quarto do hotel InterContinental onde Carlos Castro foi assassinado.
Ricardo Yanis, da polícia de Nova Iorque, relatou a cena de horror que encontraram no quarto onde o casal estava hospedado.
De acordo com Yanis, ao lado de um chinelo estava o saca-rolhas ensanguentado.
Perto estava um cobertor, com um dos testículos, estando o outro atirado no tapete.
De acordo com o depoimento de Michelle Sloan, responsável pela autópsia, a morte terá contecido pelas 17h30 locais, o que significa que Renato Seabra terá permanecido no quarto de hotel ao lado de Carlos Castro algum tempo com ele já morto.
Recorde-se que o manequim deu entrada no hospital de Saint Luke's pelas 19 horas do dia 11, dia do crime, onde foi fortemente medicado, e tendo ficado desde logo permanentemente acompanhado por um polícia.
Relatos dos médicos que o assistiram dão conta de um jovem alterado, que ria sem motivo aparente, alheando-se de seguida de tudo à sua volta.
De acordo com declarações de um psicólogo que ouviu o jovem português na altura da confissão, ele terá dito que ao matar o amante o estaria a livrar do demónio que ele tinha dentro dele, e desse modo o salvaria.
E terá saído do hotel tocando nos transeuntes de modo a salvar quem com ele se cruzava do vírus da sida.
A defesa continua a insistir na tese de que Renato Seabra não estaria na posse das suas faculdades e que estaria debaixo do efeito de um surto psicótico.
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