O caso de Bruno de Carvalho continua a dar que falar. Depois de a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) ter apresentado uma queixa ao Ministério Público pelo "comportamento ameaçador" que o ex-presidente do Sporting terá demonstrado no "Big Brother Famosos" com Liliana Almeida, a situação está agora a ser investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Foi a própria entidade que confirmou à agência Lusa a abertura de um inquérito a Bruno de Carvalho, após a denúncia do CIG, apresentada no último domingo, 13 de fevereiro. "Confirma-se a existência de inquérito relacionado com a matéria. O mesmo corre termos na Secção Especializada Integrada de Violência Doméstica (SEIVD) de Sintra", cita a Lusa.
Recorde-se que a queixa do CIG ao Ministério Público referia que o comportamento de Bruno de Carvalho no reality show da TVI era "suscetível de configurar a prática de crime público de violência doméstica, na forma psicológica e física". Em comunicado, a comissão esclareceu ainda: "No cumprimento das suas competências, a CIG notificou a TVI no sentido de que esta estação televisiva tome de imediato as necessárias diligencias no sentido de pôr termo a esta situação, suscetível de configurar a prática de crime público de violência doméstica, na forma psicológica e física", acrescentando que já tinha apresentado uma denúncia ao Ministério Público.
Bruno de Carvalho acusa produção de manipulação
Ao início da tarde desta quarta-feira, 16 de fevereiro, Bruno de Carvalho deu uma conferência de imprensa e acusou a produção do "Big Brother Famosos" de manipulação. "Disseram-me para fingir ciúmes do Kasha e da Lili. Alinhei, pensei que era uma novela, mas depois percebi que as imagens que passaram cá para fora levaram as pessoas a pensar que eu era ciumento", afirmou. Na mesma conversa com os jornalistas, o ex-dirigente leonino afirmou ainda que vai avançar para tribunal contra algumas pessoas e entidades: "A Liliana está quase em cativeiro e eu garanto que isto trará consequências graves para todos aqueles que fizeram queixas, caluniaram e difamaram", garantiu.
"Todas estas pessoas vão ter de responder em tribunal por causa daquilo que fizeram e continuam a fazer. Vamos também fazer uma exposição muito forte a entidades que têm a ver com este programa a nível internacional, porque é fundamental que as pessoas, sobretudo quem detém os direitos [do programa], percebam o que é que se passou e a gravidade daquilo que se passou", acrescentou o ex-concorrente, referindo-se à casa-mãe da produtora Endemol.
Texto: Patrícia Correia Branco com Ana Filipe Silveira; Fotos: Impala e Divulgação TVI
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