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Trump expulsa jornalista da Casa Branca. Saiba o motivo!

Sex, 27/07/2018 - 06:00

Kaitlan Collins foi impedida de estar numa conferência de imprensa na Casa Branca depois de questionar Donald Trump sobre o pagamento de subornos a Karen Mcdougal, com quem terá tido um caso.

É mais um escândalo de proporções épicas que está a abalar os Estados Unidos. Esta quarta-feira, 25 de julho, a jornalista da CNN, Kaitlan Collins, foi impedida de estar presente numa conferência de imprensa na Casa Branca depois de ter questionado Donald Trump sobre um pagamento ilegal feito à ex-coelhinha da Playboy, Karen Mcdougal.
 
«Fui impedida de estar nesse evento porque a Casa Branca não gostou das perguntas que fiz ao presidente nessa manhã», explica a jornalista da CNN.

A pergunta referia-se às gravações reveladas de uma conversa entre Michael Cohen, ex-advogado de Trump, com o agora presidente dos EUA, sobre um pagamento feito a Karen McDougal. O dinheiro serviria para calar a ex-playmate, que terá tido um caso com Trump e iria expor publicamente o envolvimento.

No vídeo, que pode ver acima, e que foi captado durante o encontro de Trump com o presidente da Comissão Europa, Jean-Claude Juncker, é possível ouvir a jornalista a perguntar «Michael Cohen traiu-o?». É possível ver, depois, um segurança a retirar a jornalista da sala.

Esta é uma ação sem precedentes levada a cabo por um presidente norte-americano e está a gerar uma onda de solidariedade entre os jornalistas norte-americanos. A Associação dos Correspondentes da Casa Branca afirmou, em comunicado, que «este tipo de retaliação é inapropriada, errada e fraca».

O caso McDougal

Karen McDougal, ex-modelo da Playboy afirma ter mantido uma relação de um ano com Donald Trump em 2006 (já este estava casado com Melania). As autoridades norte-americanas identificaram a voz da mulher numa gravação revelada pela CNN e pelo New York Times.


Em 2016, durante a corrida à Casa Branca, McDougal considerou ser o momento para vender a sua história e optou por conceder uma entrevista por 150.000 dólares (129 mil euros) ao tabloide National Enquirer (da empresa American Media Inc.) cujo diretor executivo, David J. Pecker, é amigo de Trump.

Este decidiu não publicar qualquer informação e o ex-advogado Michael Cohen facilitou o pagamento deste valor através de uma conta offshore. O caso está a ser investigado pelo FBI e, a provar-se o envolvimento de Trump, o presidente poderá estar em maus lençóis com a justiça.

Fotos: Reuters

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