O "Big Brother" exibiu a Curva da Vida de Bruno, na gala deste domingo, 14 de novembro. O arquiteto, natural de Castelo Branco, recordou os ataques de bullying que sofreu desde os 12 anos e que o obrigaram a mudar de escola, revelando que eram feitos de uma forma “extremamente agressiva”. “Era terror psicológico, fiquei completamente sozinho”, disse.

Outra das grandes mágoas que o concorrente do "Big Brother" diz carregar dentro de si é a relação que tem com o pai, que descreveu como um homem extremamente exigente e que acusou de não o aceitar: “Eu tinha medo dele, da forma como ele me falava. Sentia que os pais dos meus amigos gostavam mais de mim do que o meu próprio pai, isso deixava-me completamente destroçado”. O estado de espírito e desorientação de Bruno levou-o a pensar, por diversas vezes, em colocar um fim à vida, conforme confessou: “Pensei várias vezes em morrer!“.

Aos 16 anos, Bruno começou a questionar a orientação sexual e, aos 18, viveu “dos piores dias” da sua vida com a morte da avó, de quem era muito próximo. 

Concorrente do "Big Brother" não sabia que o pai estava no estúdio

Os pais de Bruno estavam no estúdio, a ouvir todas as palavras do filho, e o progenitor do concorrente do "Big Brother" não escondeu a emoção. No final da apresentação da Curva da Vida de Bruno, Manuel Luís Goucha disse ao arquiteto que os pais estavam na plateia e este nem queria acreditar. “Há muita coisa por dizer?”, perguntou o apresentador. “Da minha parte, não. Da parte dele, gostava que um dia me conseguisse aceitar por quem eu sou”, respondeu Bruno, em lágrimas.

"O que é que o seu pai não aceita em si?", questionou ainda o anfitrião do "Big Brother". “Acho que faz mais sentido perguntar o que o meu pai aceita em mim”, respondeu o arquiteto, dizendo ainda o que perguntaria ao pai caso os dois estivessem frente-a-frente: “Porque é que não gosta de mim?”.

Após a conversa com Bruno, os apresentadores do "Big Brother" confrontaram o pai, Manuel Almeida. “Sinceramente, entendo [a inquietação], mas ao mesmo tempo, não entendo. Sempre dei tudo ao meu filho, nunca lhe faltou nada. Ele tem a tendência que tem, mas nunca o proibiria“, começou por dizer, visivelmente emocionado.

A seguir, assumiu ter tido alguma dificuldade em aceitar a orientação sexual do filho, mas afirmou que quer o melhor para ele. “Não sabia, soube através da mãe. Mostrei o meu desgosto à mãe e não a ele. Ele assimilou, porque talvez tenha achado que eu não ia gostar“, disse, acrescentando ainda: “Nunca tive essa conversa com ele. Falta uma conversa, mas não é por mim, é por ele. (…) O meu filho... quero tudo para ele, tenho que aceitar“.

Texto: Inês Borges; Fotos: D.R.

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