A Nova Gente falou com o ex-internacional português, Beto Pimparel, que defendeu a baliza da seleção nacional de 2009 a 2018, tendo participado no Mundial de 2010, na África do Sul, no Euro 2012, no Mundial do Brasil, em 2014, no Mundial da Rússia em 2018 e que, ao serviço de Portugal venceu uma Liga das Nações Europeias.
Desta vez, Beto, que falou em exclusivo com a Nova Gente, revela que será diferente ver o jogo a partir das bancadas. “Não conheço essa sensação... de ver o campeonato do mundo na bancada. Vai ser a primeira vez. Provavelmente vou sentir muita nostalgia, vou sentir vontade de entrar para o campo”, explicou, garantindo que “para estar mais perto da equipa acabei por viajar para o Qatar, para transmitir toda a minha energia positiva, todo o meu apoio. Se calhar vou sofrer um bocadinho mais ainda, por não puder dar o meu contributo direto”.
"Somos candidatos a ganhar o campeonato do mundo"
“Estás limitado a uma cadeira, a uma bancada, simplesmente a tentar transmitir boas energias, não consegues dar o teu contributo”, disse o guarda-redes, que agora está a viver uma fase diferente da sua vida, longe dos relvados.
Da seleção, que bem conhece, Beto só espera o melhor e garante Portugal é candidato ao título. “Eu tenho uma enorme expectativa em relação à nossa seleção. Em relação a toda esta geração que faz parte da nossa equipa. Temos uma seleção recheada de talentos, de jogadores de topo mundial, das melhores equipas do mundo. Portanto, temos seleção para combater com qualquer seleção olhos nos olhos e somos candidatos a ganhar o campeonato do mundo. Temos de transportar tudo isso para dentro do campo. Oxalá, e esse é o meu desejo, cheguemos à final e possamos ser campeões do mundo”.
O antigo jogador do Sporting, Porto e Braga admite já ter falado com alguns elementos da equipa portuguesa e, uma vez que se encontra no Qatar, tentará fazer uma visita ao hotel da comitiva lusa.
"Ainda é uma incógnita"
Sobre o primeiro jogo de Portugal, hoje, frente ao Gana, Beto espera que vençamos. Contudo, não quer arriscar nenhum resultado. “Tenho visto vários jogos neste inicio do campeonato do mundo. Uma coisa é aquilo que eu desejo, que é que Portugal ganhe, mas prognósticos não consigo fazer neste momento. Ainda é uma incógnita em relação à forma como cada equipa se está a apresentar no primeiro jogo. Prognósticos, como dizia o outro, só no final do jogo (risos)”, brincou.
No Qatar. para assistir ao jogo, diz que há muitos apoiantes da equipa das Quinas e que o povo é amável e simpático.
Texto: Tiago Miguel Simões; Fotos: Impala e DR
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