Passaram-se duas semanas desde que o recém-nascido foi encontrado num ecoponto, junto à zona de Santa Apolónia, em Lisboa. Três dias depois, Sara Furtado era detida e identificada por «fortes indícios da prática de homicídio qualificado, na forma tentada». Desde então, a jovem, de 22 anos, está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Tires.
Um grupo de advogados, alheios ao processo, submeteram no dia 11 de novembro um pedido de «habeas corpus». O grupo alegava que a jovem, de 22 anos, deveria ser suspeita de «exposição ou abandono», um crime que não permite a aplicação de prisão preventiva.
O Supremo Tribunal de Justiça rejeitou, em menos de 24 horas, o pedido, considerando que tal se aplica pelo facto de que «a arguida, de forma premeditada, ocultando a gravidez e munindo-se de um saco de plástico para o efeito, ter depositado o seu filho acabado de nascer num caixote do lixo na via pública».
Bebé esteve 15 horas no ecoponto
No documento do Supremo Tribunal de Justiça é ainda revelado que o bebé esteve cerca de 15 horas no ecoponto. O recém-nascido terá sido depositado no contentor antes das três da manhã do dia 5 de novembro, altura em que Sara regressou à tenda, até às 17h30 do mesmo dia, quando foi encontrado por outro sem-abrigo.
Por volta das 13h00 do mesmo dia, Sara passava com o companheiro junto ao local onde deixara o bebé e foi alertada para a suspeita de dois sem-abrigo que tinham ouvido um bebé chorar nos contentores. A mulher terá afastado o companheiro do local, de forma a não ser descoberta. O companheiro, Milton Sidney, já terá questionado a mãe do menino sobre a roupa suja de sangue que encontrara na tenda.
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Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais; Fotos: Reprodução Instagram
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