Saúde e Beleza
Auto-estima

Se eu não gostar de mim...

Qua, 10/11/2010 - 17:25

Todos querem ser amados, mas nem sempre é possível e isso não tem nada de errado. Só precisa de saber lidar com a situação.

Poucas situações nos causam tanto incómodo como a certeza de que alguém à nossa volta nos detesta profundamente. Mas será possível inverter esta situação e fazer com que alguém passe a gostar de nós? A psicóloga Sandra Santos levanta, ela própria, a questão: "Qual a utilidade e sanidade dessa busca?" E continua, "esta procura de amor por parte de alguém que não gosta de nós é um movimento que revela uma falha identitária e um défice narcísico".

Mas como somos todos um pouco viciados na opinião dos outros, é importante saber combater essa atitude quando ela se torna uma dependência. Querer, à viva força, que todos gostem de nós é um vício perigoso e auto-destrutivo. "Essa pessoa procura no exterior o que não consegue encontrar no seu íntimo... Essa busca incessante devolve-lhe um sentimento de reprovação e desvalorização contante", esclarece a psicóloga. A origem para esta baixa auto-estima pode estar na infância. "Para que a auto-estima e a segurança se consolidem na personalidade, é necessário crescer envolvido no olhar atento e apaixonado dos pais. É este que nos devolve o sentimento de sermos exclusivos", conclui a psicóloga.

Auto-estima é saúde
A Universidade McGill constatou um facto preocupante: à medida que envelhecemos, se não tivermos uma boa auto-estima o nosso cérebro diminui 1/5 em relação ao das outras pessoas. Ao mesmo termpo, quem tinha pouca auto-estima também demonstrou dificuldades nos testex de aprendizagem e de memória. Mas a situação pode ser invertida se as pessoas forem ensinadas a trocar os pensamentos negativos por outros, mais positivos.

Uma receita de sucesso
Especialistas da Universidade de Essex confirmam que uma boa dose de estadas ao ar livre pode melhorar muito a auto-estima e boa disposição dos trabalhadores, aumentando a qualidade do que fazem. Os investigadores estão interessados em encontrar factores que diminuam o stress no local de trabalho e também em perceber melhor a relação de tudo isto com as doenças cardiovasculares. Por isso, depois do trabalho, aconselham-se também muitas horas de desporto (ao ar livre) e passatempos ou actividades que matem a monotonia e proporcionem lazer, como ler, ou ir ao cinema.

Conselhos para enfrentar a aversão

Não tente agradar a toda a gente, nunca vai consegui-lo
Não deixe isso afectar-lhe a auto-estima e naturalidade
Faça o que fizer, os outros nunca deixarão de ser o que são
Seja menos viciado na opinião positiva dos outros
Aposte na descontracção e espontaneidade, deixe que os outros venham, de forma natural, ao seu encontro
Aprenda a relativizar: os que nos amam servem de compensação para os que nos detestam
Antes ser odiados pelo que somos do que amados pelo que não somos
Na amizade, tal como no amor, aquilo que não compreendemos transforma-se em aversão
A vontade de fazer os outros amarem-nos faz, por vezes, com que se afastem

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