Nacional
Atriz teve infeção mais grave do que a de Ângelo Rodrigues

E chegou a doar o corpo à ciência

Qui, 30/01/2020 - 20:20

Manuela Marle foi ao Programa Da Cristina para conversar sobre uma situação grave que viveu recentemente. A antiga atriz esteve entre a vida e a morte.

Manuela Marle, de 64 anos, esteve esta quinta-feira, dia 30 de janeiro, no Programa da Cristina para falar sobre uma situação traumática que viveu recentemente. A antiga atriz conversou abertamente com Cristina Ferreira sobre o que lhe aconteceu quando esteve entre a vida e a morte.

Manuela deu uma queda que a levou para uma cama de hospital, onde apanhou uma bactéria que a colocou em risco de vida. «Dei uma daquelas quedas parvas que damos e casa. Enfiei o pé no saco de ginástica , fraturei o colo do fémur. Fui operada. Correu muito bem. Ao fim de quatro dias vim para casa, mas três dias após estar em casa, quando acordei tinha o joelho do tamanho de uma meloa. Percebi logo o que era, sou filha de médico. Não havia nada que enganar, soube logo que era uma septicemia», começou por revelar.

«Foi uma coisa parecida à do Ângelo, mas mais grave»

A atriz teve de voltar ao hospital e ficou isolada durante quase um mês. Manuela foi operada de urgência e retiraram-lhe a rótula para descobrir qual era a bactéria que estava a provocar a infeção, mas sem sucesso. «Foi uma coisa parecida à do Ângelo [Rodrigues], mas mais grave, porque no meu caso não conseguiram ver qual era a bactéria. Eu já estava a tomar antibióticos por causa da primeira operação... Não conseguiram lá chegar. A única solução foi ficar isolada durante 24 dias no hospital, com antibiótico endovenoso com uns efeitos secundários horrorosos, desde vómitos, agonias, alucinações. Não era eu. Perdi 7kgs num mês», explicou.

Durante os 24 dias em que esteve isolada, os níveis que indicam que a bactéria estava controlada estavam a baixar muito devagar. «Deram-me um largo espectro de antibióticos porque não conseguiam saber qual era a bactéria e falaram em amputação, mas sem o dizer diretamente. E eu ai disse: 'Não! Eu vou vencer isto!'», continuou a contar.

«A morte esteve muito presente, foi por isso que doei o meu corpo. E estou muito contente com essa atitude»

«Estou aqui hoje porque estou livre. A bactéria não está adormecida, morreu mesmo, ao fim de cinco meses. A bactéria existiu durante um mês e meio», disse.

Esta situação traumática aproximou-a dos filhos, David, de 40 anos, Guy, de 36, e Martim, de 28. Quando saiu do hospital, Manuela viveu dias complicados, visto que dependia da ajuda dos filhos. O mais novo chegou a ir viver com ela para a conseguir ajudar melhor.  «Foi um horror. Ele tinha mesmo de fazer praticamente tudo porque não tinha força na perna. A perna morreu, a articulação não respondia, foram 40 dias sem a movimentar... No hospital não podia ter visitas, pensei em tudo. A primeira coisa que pensei foi: 'quero o meu advogado aqui e os meus três filhos. Tenho de passar tudo para eles caso não consiga sair desta'. Chamei o meu advogado e doei o meu corpo à faculdade de medicina. A morte esteve muito presente, foi por isso que doei o meu corpo. E estou muito contente com essa atitude», confessou.

«Agora depois da bactéria, estou mais forte do que nunca», terminou.

Texto: Carolina Sá Pereira; Fotos: Reprodução Redes Sociais

 

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