O ator Arnold Schwarzenegger abriu o coração no documentário intitulado Arnold com estreia marcada na Netflix já nesta quarta-feira, 7 de junho. Num dos trechos, o protagonista de Exterminador Implacável recorda o momento em que confessou à mulher, a jornalista Maria Shriver, e aos quatro filhos que tinha tido uma relação extraconjugal com a empregada, Mildred Baena. Desse affair nasceu Joseph Baena, atualmente com 25 anos. "A Maria e eu íamos uma vez por semana à terapia de casal", começa por recordar.
Mas a verdade é que a revelação não partiu do próprio. Isto porque numa das sessões foi confrontado com a situação... pelo terapeuta. "'Acho que hoje a Maria quer ser muito específica sobre algo. A Maria quer saber se és o pai do Joseph'", disse-lhe o profissional. "Acho que o meu coração parou. Depois contei a verdade", assume. "'Sim, Maria, o Joseph é o meu filho'", disse. "Ela obviamente ficou devastada depois disso. O caso aconteceu em 1996. No início não sabia mesmo [que Joseph era seu filho]. À medida que foi crescendo tornou-se claro para mim e depois a questão era como manter aquilo em segredo", prossegue.
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"Causei dor suficiente à minha família por causa da merd* que fiz. Todos sofreram. A Maria sofreu. Os meus filhos sofreram. O Joseph. A mãe dele. Toda a gente", reflete."Vou ter de viver com isso para o resto da minha vida. As pessoas irão recordar os meus sucessos, mas também os meus erros. Isto é um grande erro. Errei na minha carreira, mas isto tem uma dimensão completamente diferente", lamenta. O afamado ator e Maria Shiver separaram-se em 2011. "Foi muito, muito difícil no início", destaca.
Arnold Schwarzenegger e as acusações de assédio sexual
Porém, o astro de Hollywood já encontrou novamente o amor. "Tenho uma namorada maravilhosa, [fisioterapeuta] Heather Milligan, que é muito bem-sucedida. Estou muito orgulhoso dela e amo-a", sublinha. Da relação com a ex-mulher, com quem esteve casado durante 25 anos, fica uma grande amizade. "Amo-a. Somos bons amigos e muito próximos. Estamos muito orgulhosos da maneira como criámos os nossos filhos."
Também no documentário, reagiu às acusações de assédio sexual. As queixas remontam a 2003, quando seis mulheres acusaram-no de apalpá-las e humilhá-las. Isto numa altura em que estava a concorrer para o cargo de Governador da Califórnia, que acabou mesmo por vencer. Na altura disse que a maioria dos relatos eram inventados, apesar de ter admitido que se tinha "portado mal". Agora, reconhece ter tido uma conduta inadequada e pede desculpa. "Inicialmente, reagi meio que na defensiva. Hoje, posso olhar para trás e dizer que realmente não importa quando aconteceu. Se foi há quarenta anos, ou hoje, estava errado. Foi estupidez. Esqueça todas as desculpas [que dei], foi errado".
Texto: Tomás Cascão; Fotos: Shutterstock
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