Acusado de ter matado Luís Grilo, em conluio com Rosa Grilo, companheira da vítima, António Joaquim recordou a vida na prisão. O arguido, que se encontra a aguardar a leitura do acórdão em liberdade desde o dia 6 de dezembro de 2019, considera a experiência de na prisão de alta segurança como «angustiante».
«Estar fechado num espaço pequeno e olhar para uma porta sem puxador é assustador»
António Joaquim foi detido preventivamente, em setembro de 2018, num anexo à sede da Polícia Judiciária, em Lisboa. Considerada uma prisão de alta segurança, o arguido recorda os momentos assustadores que viveu e os atritos que teve com outros reclusos. «Estar fechado num espaço pequeno e olhar para uma porta sem puxador, que parece uma parede, é assustador.»
Na prisão, António Joaquim partilhava o mesmo espaço com reclusos acusados de crimes sexuais e violência doméstica. «O pátio era pequeno e é complicado partilhar espaço com 15 pessoas.» Em situações pontuais, teve «alguns atritos» por ter sido «conotado com crimes sexuais».
«Não me arrependo de absolutamente nada»
Desde que saiu em liberdade, o arguido já saiu à rua e já frequentou espaços públicos. «Sinto que as pessoas demoram mais tempo a olhar para mim.» António Joaquim acredita que se vai fazer «justiça» e revela que, neste últimos dois anos, «não se arrepende de absolutamente nada».
Texto: Inês Marques Fernandes com Jéssica dos Santos; Fotos: DR
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