Nacional
Ângelo Rodrigues

Fala das saudades que sente de Iva Domingues

Qua, 15/10/2014 - 21:58

Foi estudar para o Rio de Janeiro
e está a adorar a experiência.
O único problema parece ser
a falta que lhe fazem
os amigos e a namorada...

As metas estão bem definidas na cabeça de Ângelo Rodrigues: primeiro, terminar a faculdade; depois, trabalhar. Se bem que o trabalho é algo que não o assusta, pelo contrário. O ator, de 27 anos, já fez teatro, cinema e televisão, e também se aventurou na música, chegando mesmo a lançar um álbum.

Agora conseguiu uma parceria com uma universidade no Rio de Janeiro e mudou-se para a Cidade Maravilhosa... Na mala, leva muitas saudades da namorada, a apresentadora Iva Domingues, 38 anos, e dos amigos.

Esta não é a primeira vez que vem ao Rio de Janeiro. Por que só agora tomou a decisão de estudar aqui?
Estava a terminar a licenciatura em teatro, na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Portugal, e no terceiro ano há a possibilidade de fazer uma mobilidade internacional. Sabia dessa parceria com a UniRio e achei que valia a pena terminar uma parte dos meus estudos aqui no Brasil. Visto que sou fã, admirador da corrente artística brasileira, acho que enquanto ator posso evoluir bastante estando no Brasil a estudar.

Já fez muitas amizades na faculdade?
Quando cheguei à turma, todos se conheciam. E eu era, e ainda sou, um elemento novo, que veio de fora. Ainda tento encontrar meu espaço. Mas já fiz amizade com alguns, aqueles com quem tive mais afinidades iniciais. Sou um pouco tímido, reservado, e tenho dificuldade em integração, mas vai correr tudo bem (risos).

Apesar de já ter vindo ao Rio, desta vez fixou residência por seis meses...
Já fiz várias viagens, mas morar fora é a primeira vez. Quando viajamos, temos na cabeça aquela coisa que daqui a pouco iremos voltar para casa. E desta vez foi diferente. E o abandonar, entre aspas, deixar para trás a família, os amigos, a namorada, em Portugal, ter saudades de todos, torna isto complicado. Mas, à medida que o tempo passa, estou a melhorar.

O que representou a vinda da Iva ao Rio logo nas suas primeiras semanas?
Foi vital para a minha sanidade mental. É importante estar junto dela, pelo carinho, a companhia. Por mais que se fale, claro que é difícil manter uma relação à distância.

Ficou com medo de deixar a sua namorada em Portugal e vir para o Brasil? Ela apoiou-o na sua decisão? E se fosse ao contrário, você a apoiaria?
Ela apoiou-me desde o início nesta viagem. Se bem que tenho noção de que é complicado de aceitar... Quanto a apoiar a Iva a vir estudar aqui, não sei... (risos). Seria complicado, mas como amo a minha namorada, aceitaria porque seria para o bem dela. Assim como ela está a aceitar porque sabe que é algo para o meu bem. Não seria egoísta a ponto de não permitir a evolução das expectativas dela, quer profissionais, quer perante a vida. Portanto, ela foi um anjo-da-guarda nesta minha decisão.

E como foi comemorar o aniversário ao lado dela e no Rio de Janeiro?
Não sabia que teria uma festa. Foi surpresa! Achei que iria jantar com a minha namorada e com a filha dela, a Carolina, e quando reparei eram dez pessoas, amigos como a Úrsula Corona, o Rui Vilhena... Foi um aniversário diferente e especial.

Quando é que vocês vão voltar a encontrar-se?
Ainda não sei...

Já sente saudades?
Claro que sim! A solidão é intrínseca à distância. Claro que me sinto mais sozinho por não ter os meus amigos e a minha namorada ao meu lado. Mas tudo tem sido um período de aprendizagem.

Ela não fica com ciúmes?
Claro que sim! Mas nós procuramos viver um relacionamento saudável. O ciúme faz parte da relação. E, às vezes, é até bom, normal.

Como tem sido a experiência de morar no Rio de Janeiro? A cidade é realmente maravilhosa?
Sim, com certeza! Enquanto a Iva esteve aqui com a filha, elas aproveitaram bastante e foram ao Pão de Açúcar, ao Cristo Redentor, mas não pude ir com elas por causa da faculdade. E também já conheço todos esses pontos turísticos. O que me chama a atenção aqui é a aura das pessoas. É algo diferente de Portugal, a maneira como encaram a vida. Os portugueses são mais reservados perante a vida e com as pessoas. Estando eu aqui, talvez o país possa ajudar-me a soltar-me mais. E aquela imagem de grande insegurança que se vive no país, não é exatamente assim. Por exemplo, ando tranquilo e não me assusto. É normal...

Assim como outros atores portugueses que investiram na carreira aqui, pensa fixar residência e fazer novelas por cá?
Encaro tudo como uma coisa de cada vez. Primeiro estão os meus estudos, quero terminar a minha licenciatura. Porém, é claro que não fecho a porta para que isso aconteça. Afinal, falamos a mesma língua e o mercado brasileiro é muito maior. As portas não estarão nunca fechadas.

Qual é a sensação de poder caminhar no calçadão de Ipanema sem ser reconhecido?
Já estava com saudades. Gosto do facto de ser desconhecido aqui. Já não me lembrava de viver assim tranquilo, de sair à rua sem me preocupar. Voltei a ser o Ângelo de antes da fama.

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