Ângela Ferreira que ficou conhecida do público português por ser a mulher que quer engravidar do marido que já morreu esteve em direto - através de videochamada - no Você na TV, na TVI, esta quinta-feira, dia 2 de abril, e revelou em que fase está o processo que a levará, ou não, a concretizar o seu desejo em Portugal.
Para que Ângela Ferreira consiga engravidar do marido que já morreu, em Portugal, o governo terá de alterar a legislação existente que, até à data, não o permite fazer. A petição pública lançada por Ângela já reuniu 20 mil assinaturas e já foi entregue na Assembleia da República (AR).
«No dia 12 de março, estive na Assembleia da República e estive a ser ouvida pela Comissão de Saúde, por causa da primeira petição que fizemos. Correu muito bem e eu vim de lá com a certeza que a lei irá passar», contou, em conversa com Manuel Luís Goucha.
Processo é adiado devido à pandemia Covid-19
Apesar de já ter dado alguns passos importantes junto da AR, Ângela Ferreira viu o processo ser adiado, devido à pandemia da Covid-19 que se instalou no País e que, agora, é a prioridade do governo. «Como é lógico com isto tudo, a petição foi adiada. O importante neste momento é cuidarmos de todos», reconheceu.
Embora tenha visto o processo pelo qual tanto luta a ser suspenso, Ângela Ferreira mostra-se confiante. «Depois de ser ouvida na Comissão de Saúde fiquei um bocadinho mais descansada e depois de falar com o deputado do PS que fez a proposta de lei também, porque todas as propostas de lei que estão a ser feitas, estão a ser feitas no sentido de eu ser incluída e de poder realizar o processo [de fertilização] cá», revelou.
«Agora é uma questão de tempo. É esperar um bocadinho com confiança... Eu também não sou de focar nos problemas, sou mais de me focar nas soluções. Existe sempre a altermativa de recorrer a outros países onde o procedimento é legal mas tendo a oportunidade de fazer no meu País, claro que prefiro», terminou.
Texto: Sofia Santos Cardoso; Fotos: Arquivo Impala e DR
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