Nacional
Andreia Dinis

"Quero muito ser mãe"

Ter, 23/03/2010 - 12:11

A actriz, 32 anos, e Daniel Teixeira, 33, celebraram a história de amor de há 13 anos numa semana cheia de aventura e romance no Brasil.

Andreia Dinis e Daniel Teixeira namoram há 13 anos e continuam apaixonados. Sem uma “fórmula mágica”, para a bonita actriz a chave para fazer a relação durar é “saber ceder”. Não pensam casar mas ter um filho é um projecto comum que o casal tem cada vez mais vontade de concretizar. Andreia Dinis não esconde a vontade de ser mãe e numa revela que a ideia de ter um filho é um “misto de anseio e medo”. Até concretizar este sonho, vai desfrutando da sua “bebé”, uma prima de quem o casal é padrinho e que acompanham como se fosse sua. No Brasil aproveitaram para fugir à rotina, viveram inúmeras aventuras e namoraram muito.

Qual o truque para fazer uma relação durar tanto tempo?
Não faço ideia, não há uma fórmula mágica. Somos um casal normalíssimo com todas as características de qualquer casal comum. Temos as nossas discussões, as nossas brigas, somos completamente diferentes a nível da nossa personalidade, mas completamo-nos muito. Ao longo destes 13 anos há uma coisa, e é pela falta disso que alguns relacionamentos não resultam, que temos que saber fazer - é saber ceder.
Não temos nem devemos mudar a nossa personalidade por alguém mas temos que ir buscar algumas coisas para fazer a relação durar. Por exemplo, eu era muito mais extrovertida e o Daniel era muito introvertido e houve ali um equilíbrio. Também começei a ponderar muito mais as coisas a partir do momento em que estou com ele, pequenas coisas do dia-a-dia mas que noto que são diferentes de há 13 anos. Há pormenores que começam a fazer naturalmente parte de nós o que não quer dizer que um tenha mudado a personalidade. Sim, pode dizer-se que em muitas coisas crescemos juntos.

Namoram desde a faculdade, há mais de uma década. Pensam casar? Ter filhos?
Não vou dizer que isso nunca vai acontecer mas dificilmente. Nem penso eu nem o Daniel pensamos em casar mas ter filhos sim. Ter filhos é um projecto em comum que já temos há muito tempo, não é de agora. Como é óbvio, nos tempos que correm e tendo em conta a nossa sociedade, em que se precisa mais ou menos das condições ideais, não as perfeitas porque não existem, ainda não aconteceu. Se calhar este desejo começa a ganhar outros contornos desde o momento em que vemos as  pessoas do nosso núcleo duro de amigos a darem esse passo. Eu e o Daniel somos padrinhos de uma bebé, que é minha prima, e tem sido muito engraçado porque estamos muitas vezes com ela. É como se fosse a nossa filha, porque como padrinhos temos a função de sermos segundos pais. Acompanhamos tudo na vida dela, mas é claro que não é a mesma coisa mas acaba por ser a nossa bebé. Dá vontade de ter um filho, é claro que dá muita vontade. É um passo que é um misto de anseio com medo. Quero muito ser mãe mas por outro lado a ideia assusta um bocadinho, vai ser tudo muito diferente e o ponto central da minha vida não vou ser eu vai ser outra pessoa.

O trabalho tem contribuído para atrasar este sonho?
Feliz ou infelizmente o trabalho tem contribuído para atrasar ser mãe, sim. Se tivesse um dito emprego normal..

Como surgiu o convite para a viagem?
Foi muito giro. O Nelson Rosado ligou-me e convidou-nos. Disse-me o dia e que era para partir, e nessa altura ainda eu e o Daniel estavamos em Andorra, na neve. Pensei que o dia de regresso da neve ia coincidir com a data de vinda para o Brasil, mas afinal deu tempo. Regressámos dia 6 à noite de viemos para o Brasil a 7.  Consegui vir ao Brasil, nunca tinha vindo. Era a “virgem” em relação a Brasil. Gostei muito, pela companhia, pelo espírito deste grupo, mas o que me surpreendeu mais foi a temperatura da água. Já estava à espera que a água fosse quente e já tinha estado em muitos destinos com água com temperaturas altas, como Costa Rica, Caraíbas, Cabo Verde, mas nenhuma dessas águas tem a ver com a que encontrámos aqui. Já tinha ouvido falar maravilhas sobre o Brasil, vinha com espectativas altas e toda a gente me tinha dito que eu ia adorar por causa do calor, do espírito das pessoas, da “boa onda”, a água e a dança.

O que é que mais a surpreendeu?
Fiquei maravilhada com Jericoacoara. Foi dos sítios que mais gostei de conhecer. Por mim tinha ficado todos os dias da viagem lá. Em Jericoacoara bebi sucos maravilhosos, um deles, um suco natural de maracujá foi o melhor que bebi até hoje. Era a única do grupo que não bebia alcóol, mas ainda provei a capeta, caipiroska e tangeroska. Não sou mesmo apreciadora de bebidas alcóolicas.  Fortaleza é cidade, tem muitos prédios, faz lembrar um pouco Armação de Pêra. Praia e muitas torres de prédios, o ideal é aterrar em Fortaleza e depois ir para as zonas de praia perto, como o Cumbuco. No entanto Fortaleza é ideal para fazer compras. Também gostei muito dos passeios de bugy. Teve muita emoção, adoro coisas com adrenalina, coisas que mexam cá dentro. Estar a descer uma duna a pique num bugy que não tem grande protecção é uma aventura, dei por mim a pensar ‘devia ter escolhido a opção do passeio sem emoção.

Os brasileiros têm a fama de serem mais descontraídos e muito calorosos. Sentiu isso?
Senti claro, acho que isso se prende muito com o clima. Daí também a diferença da postura com que os brasileiros vivem a vida e os habitantes dos países nórdicos, como na Finlândia. Mesmo nós, quando fomos para lá íamos ainda em ritmo Lisboa (risos) e entrámos logo no ritmo Ceará.

Nesta altura está de férias. Já tem algum projecto novo?
Ainda não tenho nada em concreto. Quando chegar a  Lisboa  esperam-me muitos e-mails para ler, análises de propostas de trabalho e voltar ao ritmo normal. Ainda estou em modo Ceará. Não tenho nada certo, algumas coisas faladas mas ainda sem certezas.

Que personagem gostava de “vestir” agora numa próxima novela?
Já fiz uma vilã e gostava de voltar a fazer. É mais aliciante, quanto mais diferentes de nós são as personagens mais desafiante é construí-las. No entanto, a Teresa, que acabei de fazer em Perfeito Coração, é das personagens que mais tem a ver comigo e ainda assim deu-me um gozo enorme fazê-la. Tinha que fazer com que as pessoas olhassem para ela
e verem que eu Andreia estava natural e que essa personagem não fosse uma cópia de mim. Foi um desafio grande porque é complicado fazer uma personagem que tem tantos pontos em comum comigo.

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