Nacional
Afeganistão

"Lista de proibições talibãs relativas às mulheres" deixa Nuno Markl sem chão

Ter, 17/08/2021 - 18:10

Com o Afeganistão tomado pelos talibã, Nuno Markl traduz "para português a lista de proibições talibãs relativas às mulheres": "Não tinha a ideia total do quão terrível é", confessa.

O Afeganistão voltou a ser notícia pelas piores razões. Quase duas décadas depois dos atentados do 11 de setembro de 2001, os EUA anunciaram a retirada das suas tropas desse país (que estavam lá desde esse ano). Perante esta situação, era esperado que o grupo extremista islâmico talibã avançasse, mas a ofensiva aconteceu de forma ainda mais rápida do que o previsto e no domingo, 15 de agosto, já tinha ocupado Cabul, a capital.

O medo e o terror regressou então às ruas afegãs e muitos são os habitantes que tentam, a todo o custo, abandonar o Afeganistão. Quem fica, sabe que nada voltará a ser como antes, nomeadamente para as mulheres, que são quem sofre mais às mãos dos talibã.  

Ninguém é capaz de ficar indiferente ao que se está a passar no Afeganistão. Nuno Markl recorreu às redes sociais para comentar o assunto, traduzindo para português "a lista de proibições talibãs relativas às mulheres" - publicação que está a ser partilhada por muitas figuras públicas portuguesas e anónimos. 

"Não tinha a ideia total do quão terrível é"

"Achei útil traduzir para português a lista de proibições talibãs relativas às mulheres, uma recolha da Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão e da ABC Internacional. Talvez muitos de vós não tenham a noção do quanto isto representa de total e completa obliteração da identidade e, praticamente, da própria existência das mulheres. Basicamente, deixam-nas respirar - e talvez baixinho, porque elas não podem ser ouvidas de maneira alguma. Eu sabia que era terrível, mas acho que não tinha a ideia total do quão terrível é", escreve o humorista na legenda.

"Obrigada, Nuno", comenta Filomena Cautela. "Medo", escreve Rui Unas. "É um retrocesso avassalador. Basicamente, 20 anos deitados fora. A questão agora é esta: o que podemos fazer? É nisto que o mundo deveria concentrar-se", lamenta Fernando Alvim

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Texto: Ivan Silva; Fotos: Reprodução Instagram

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