Afecta homens e mulheres, casados ou solteiros, independentemente da raça ou situa- ção económica. O síndrome da imunodeficiência humana adquirida (SIDA), causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), está representado em larga escala em todo o Mundo, com grande incidência nos países africanos. Em Portugal, os números indicam um total de 38 608 infecções.
“Este vírus ataca o sistema imunitário do organismo, destruindo a capacidade de defesa em relação a muitas doenças”, contou à nossa revista Beatriz Casais, porta-voz da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA. O primeiro caso detectado no nosso país remonta a 1983. Trinta anos passados e esta doença continua a afectar milhares de pessoas no Mundo.
“Todas as pessoas que tenham comportamentos que ponham em risco a transmissão do VIH estão em vulnerabilidade para ficarem infectadas”, contou, lembrando que esta é uma doença que “não escolhe idades, sexo, estatuto social ou estatuto geográfico”.
Ainda que não haja vacina para combater este vírus, que passa de mães para filhos, nem tão-pouco cura, a boa notícia é que há forma de controlar quando detectado a tempo. As estatísticas indicam que actualmente há quem viva com esta infecção mais de 20 anos.
A verdade é que esta doença, que assinala o seu Dia Mundial a 1 de Dezembro, já deu provas que prevenir é fundamental, a começar pelo uso de preservativo em todas as relações sexuais. “A prevenção passa pela utilização consistente do preservativo, masculino ou feminino e na não partilha de materiais cortantes, nomeadamente seringas ou outros objectos pessoais”, contou, reforçando que, para o diagnóstico, basta um teste “gratuito, anónimo e confidencial”.
Medicamento revolucionário
Um laboratório americano acredita que um medicamento existente no mercado, e usado como anti-retroviral, reduz em quase metade o risco de contágio por VIH. O estudo realizado com homossexuais masculinos, diz que um comprimido destes diariamente reduz em 44% as probabilidades de infecção, em casos em que esta toma seja acompanhada de relações sexuais.
Alguns números
? 28 milhões de pessoas que já perderam os pais
? Em 2005, 40,3 milhões de pessoas estavam infectadas
? 23 milhões de mortos
? 0,6% de portugueses afectados, de acordo com a ONU
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