Nacional
Rosa Grilo

Confessa ter mentido antes e apresenta nova versão do crime do marido

Seg, 19/04/2021 - 22:10

Rosa Grilo escreveu uma carta ao programa Linha Aberta, na SIC, onde apresentou uma nova versão do crime do marido, Luís Grilo, onde é acusada e condenada. A viúva do triatleta coloca em cena uma nova pessoa.

Rosa Grilo escreveu uma carta ao programa Linah Aberta, da SIC, que muda todo o cenário do crime do marido, Luís Grilo, em que é acusada e condenada. Já não foram os angolanos os responsáveis pela homícidio e agora há mais uma nova pessoa em cena. 

A viúva do triatleta diz que é alguém muito próximo da família e que até tinha a chave da vivenda onde vivia com o marido e com o filho. O programa optou não revelar o nome avançado por Rosa. 

Na carta, citada no programa, Rosa Grilo remonta aos anos em que viveu com Luís Grilo na casa de Júlia, irmã da vítima. Contextualiza e diz que era "uma miúda" e que Luís gostava de mandar nela. Segundo a mesma, um dia, depois de uma zanga, acordou e estava a ser sovada. "O Luís começou a bater-me", é citado. Aqui, Rosa introduz o nome de alguém que a terá ajudado. Este homem, segundo a arguida, chegou a trabalhar na mesma empresa que Rosa e ela acreditava que este estava apaixonado por ela. Rosa e este homem terão mantido o contacto ao longo dos anos e ele tornou-se conhecido da família.

Na missiva é relatada uma relação violenta entre Rosa e Luís, e a mulher diz que numa das vezes em que foi ameaçada de morte pelo marido, tirou a arma a António Joaquim. Segundo esta, a arma foi depois levada por este homem cujo nome não é revelado. Rosa diz mesmo que quem mata Luís Grilo é este homem, fazendo uso desta arma, e que foi empurrada para fora do quarto, não sabendo bem o que se passou depois. A mando deste, terá ido à polícia dar o marido como desaparecido e escreve que foi ela quem ajudou este homem a carregar o corpo para dentro do carro. A viúva descreve ainda envolvimentos sexuais com este novo homem e  António Joaquim não sabia de nada. Nem da existência deste homem, nem do crime de que também foi acusado.

Supremo Tribunal condena Rosa Grilo e amante a 25 anos de prisão

O Supremo Tribunal de Justiça confirmou a 25 de março a pena aplicada pelo Tribunal da Relação de Lisboa: 25 anos para os dois acusados pela morte de Luís Grilo. Defesa da viúva tinha pedido repetição do julgamento.

Rosa Grilo está em prisão preventiva há mais de dois anos mas, António Joaquim, seu amante e cúmplice, está em liberdade desde o início de 2020. O oficial de justiça foi absolvido em primeira instância, mas acabou condenado à pena máxima pela Relação de Lisboa.

 No julgamento, que decorreu no Tribunal de Loures, Rosa Grilo, em prisão preventiva desde setembro de 2018, foi condenada, em 3 de março de 2020, por um tribunal de júri, a 25 anos de cadeia pelo homicídio do marido, enquanto António Joaquim foi absolvido do crime.

A defesa da arguida e o Ministério Público, que discordou da absolvição do arguido, recorreram para o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que, por acórdão proferido em setembro do ano passado, manteve os 25 anos de prisão a Rosa Grilo e aplicou a mesma pena máxima a António Joaquim, revertendo totalmente a decisão do tribunal de júri. Ricardo Serrano Vieira, advogado de António Joaquim, arguido que se mantém em liberdade, e Tânia Reis, defensora de Rosa Grilo, interpuseram recursos para o STJ, com a advogada a requerer a realização de audiência naquele tribunal superior.

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