Nacional
Zé do Pipo

«Os corpos no mar aparecem dias depois.» Caso é comentado por Manuel Luís Goucha

Qui, 08/11/2018 - 13:17

O caso do desaparecimento de Zé do Pipo foi comentado na manhã desta quinta-feira, 8 de novembro, no Você na TV

Zé do Pipo desapareceu na segunda-feira, dia 5 de novembro, pelas 14h00. O caso de Nuno Batista, nome verdadeira do artista, foi comentado na manhã desta quinta-feira, dia 8 de novembro, por Manuel Luís Goucha, no Você na TV e os inspetores da Polícia Judiciária falaram na hipótese de o cantor ter posto fim à própria vida.

António Teixeira, inspetor chefe de Polícia Judiciária, afirma: 

«São muitos dias sem contacto. Se for a pegar aquilo que eu li nos jornais, em termos de deixar dentro do carro o telemóvel e a carteira, é o típico das ações suicidas». 

Acrescenta: «Não quer dizer que tenha acontecido. Podia acontecer um acidente, podia ter caído de uma ravina».

As buscas em Peniche, junto da ravina onde o carro do artista foi encontrado, estão a decorrer desde terça-feira, dia 6 de novembro, mas até agora não há sinais de Nuno.

«Pode ter caído numa ravina»

«O mar está muito revolto e, ainda por cima, preveem ondulação. Os corpos no mar aparecem, muitas vezes, dias depois», continua António Teixeira. «Pode ter caído numa ravina e ficar lá. Tem de se considerar.»

Vítor Marques, inspetor chefe da Polícia Judiciária, também esteve a comentar o caso e explica: 

«Esses dois cenários são possíveis, no entanto, há aqui indicadores que realmente apontam para a possibilidade de ter ocorrido algo propositado: ele querer-se suicidar».

«Os dados apontam seriamente para que possa ter acontecido»

Conclui: «Portanto, é possível no quadro da investigação perceber o que é que ele fez antes, com quem é que contactou e ficarmos mais realistas sobre a possibilidade ou não de suicídio. Infelizmente, os dados que nos são dados apontam seriamente para que possa ter acontecido».

O primeiro inspetor a comentar, constata ainda: «Só mais tarde é que as pessoas se apercebem de algum tipo de comportamento [que Nuno Batista poderá ter demonstrado antes do desaparecimento]».

Nuno Bastista foi ao banco e à farmácia antes de desaparecer

O site da Nova Gente falou com o manager do cantor, Luís Martins, que nos revelou os passos dados por Nuno no dia do desaparecimento.

De acordo com o agente, o artista saiu de casa dizendo à mulher que «ia ao banco e à farmácia comprar mais medicamentos». E realmente foi. Passou pelo banco, onde já foram confirmados registos, fez pagamentos na farmácia, também já verificados pela mulher, e, a seguir, nunca mais ninguém soube do seu paradeiro.

Tudo aconteceu na segunda-feira, pelas 14h00. A viatura foi encontrada perto do mar esta quarta-feira, dia 7 de novembro. Não há certezas de que tenha desaparecido no mar. «Só se sabe que está desaparecido», diz Luís Martins ao nosso site.

«A profissão não era compatível com a doença»

Seguido por um psiquiatra, Nuno Batista deu o último concerto no dia 11 de outubro. O médico concluiu que «a profissão era não era compatível com a doença».

«Ele estava doente, com uma depressão muito grande. Andávamos a ver se a coisa aguentava», explica. Mas a depressão acabou por ser mais forte do que o amor aos palcos e à personagem Zé do Pipo.

Nos últimos tempos, Luís e Nuno não estiveram juntos nos últimos tempos, mas o agente têm estado em contacto com a mulher.

Fotos: Reprodução Facebook

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