Internacional
Criança com cancro faz pedido aos pais antes de morrer

«Vocês podem chorar 20 minutos. Depois têm de cuidar do Riley e da Millie»

Seg, 14/01/2019 - 18:40

Esta é a história de Bailey Cooper, uma criança de oito anos que lutou contra o cancro até a irmã nascer. Dois meses depois, perdeu a luta, e morreu.

Bailey Cooper tinha apenas oito anos quando lhe foi diagnosticado cancro. Foi durante 15 meses que esta criança lutou contra esta doença que desde cedo se mostrou ser demasiado forte para Bailey. De um momento para o outro, já nada havia a fazer, o cancro já se tinha espalhado por todo o corpo, a sobrevivência era impossível.

A força de conhecer a irmã que estava prestes a nascer foi tanta que Bailey lutou contra a doença até conseguir conhecer a irmã.

Em declarações ao The New York Post, Lee, o pai da criança, revelou que os próprios médicos afirmaram que Bailey não iria aguentar até ao nascimento da irmã, mas tudo mudou.

«Os médicos disseram que ele ia partir antes de Millie nascer. Não morreu. Lutou e, quando estávamos a caminho do hospital, disse: ‘Devíamos chamar-lhe Millie'», confessou o pai.

Com 28 anos, Rachel, a mãe de Bailey, deu à luz o terceiro filho, em novembro. O pedido do menino foi ouvido e os pais optaram mesmo por dar o nome de Millie à criança.

«No momento em que conheceu a irmã, começou a esmorecer. Estava a partir», afirmou o pai.

Na véspera de Natal, Bailey acabou por perder a luta contra o cancro. A irmã já tinha nascido.

Bailey foi diagnosticado com um linfoma não Hodgkin – um tumor que tem início no sistema linfático – tendo adoecido pela primeira vez no verão de 2016. Ao entrar em tratamentos de quimioterapia e medicação, a doença acabou por entrar em remissão. Em fevereiro de 2017 chegou mesmo a regressar à escola, em Bristol.

No entanto, na Páscoa, Bailey voltou a adoecer. Novamente sujeito a tratamentos, o cancro voltou a deixar de se manifestar, mas por pouco tempo. Em agosto, o tormento estava de volta, já não havia nada a fazer. O cancro acabou por se espalhar por todo o corpo e foram mesmo encontradas metástases nos pulmões, fígado e estômago da criança.

«Vocês podem chorar 20 minutos. Depois têm de cuidar do Riley e da Millie»

Bailey já sabia que estava prestes a morrer. Quando os pais lhe pediram que fizesse uma lista de coisas que queria receber no Natal, este concordou. Apesar disso, Bailey decidiu fazer pedidos para o irmão de seis anos, em vez de ser para si.

No dia 24 de dezembro, às 23h45, Lee e Rachel sentaram-se na cama ao lado de Bailey. «Sabíamos que não ia demorar muito. Dissemos-lhe: ‘Está na hora de partir, Bailey. Vai’», revelaram.

Foi neste preciso momento que Bailey suspirou pela última vez ao ouvir os pais dizerem-lhe que estava na hora de partir. A última lágrima caiu do rosto de Bailey.

O funeral de Bailey foi no passado dia 6 de janeiro e estiveram presentes centenas de pessoas que tiveram conhecimento da história.

Foi a própria criança que planeou o funeral tendo chegado a pedir, antes de morrer, a todos os convidados que fossem vestidos com roupas de super-heróis.

Ainda na última reunião familiar Bailey pediu aos pais que fossem fortes e cuidassem dos irmãos.

«Vocês podem chorar 20 minutos. Depois têm de cuidar do Riley e da Millie», afirmou Bailey.

Houve ainda uma última atitude de Bailey para com a avó quando esta lhe disse que deveria ir no seu lugar.

«Isso é muito egoista, ‘vó. Tu tens netos para cuidar», afirmou o menino.

Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais; Fotos: Reprodução Redes Sociais

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